Em entrevista à CARAS Brasil, especialista em família e comportamento analisa os principais desafios de Letícia Colin e Michel Melamed agora separados
Publicado em 13/07/2024, às 18h18 - Atualizado em 15/07/2024, às 15h11
Leticia Colin e Michel Melamed não são mais um casal. Juntos desde 2016, os dois colocaram um ponto final no casamento que durou oito anos e teve como fruto um filho, Uri, de quatro anos de idade. A decisão foi tomada há alguns meses, mas durante a divulgação para o cinema do espetáculo Um Filme Argentino eles não conseguiram manter em segredo que estão separados no amor.
A CARAS Brasil conversou com a psicóloga Leticia de Oliveira, especialista em comportamento e família, para entender o que pode resultar no término de um relacionamento que diante das câmeras era sólido e consolidado.
"Eu acredito que os casais que passaram... Eu vejo que a Letícia Colin passou pela gravidez na pandemia, então teve uma mudança muito abrupta da relação. E a relação deixa de ser uma relação mais simples, mais leve, mais fluida, para ser uma relação mais pesada, com mais pontos de vista diferentes, com mais dever do que prazer. E acaba entrando muito na rotina. Então eu acho que assim, foi bem comum os casais ou que tiveram filhos, ou que passaram pela pandemia e não se conhecerem mais como um casal, e terem entrado de fato num padrão muito rotina em que eles não vêem mais um outro com leveza", iniciou.
"O desgaste do casal com pandemia.Pós-pandemia, tem um resquício aí de pandemia que fica. E tem os primeiros anos do filho, que são muito difíceis, muito pesados. E a impressão que eu tenho é que quando o filho tem o mínimo de liberdade, ele começa a ter um pouco de menos dependência dos pais, os pais voltam a se olhar e começam a questionar um pouco mais sobre a sua liberdade, sobre a sua própria realização", explicou.
A especialista ressalta que casais que estão passando pela mesma fase que Colin e Melamed precisam ter jogo de cintura e trabalhar com transparência educativa com as crianças, já que as mesmas estão em fase de desenvolvimento e necessitam de atenção e carinho.
"Não existe falar de um término de casamento sem um luto. É claro que esse luto pode ser elaborado de uma maneira melhor, mas toda criança deseja ver o pai com a mãe juntos. Toda criança está habituada, sente como seguro o ambiente familiar, casa, pai, mãe dormindo junto, acordando junto. Se dividindo nas divisões das tarefas. Então, eu vejo que existe uma tentativa de elaboração, até muitas vezes, de positivar. 'Ah, que legal, agora tem duas casas, vai ganhar dois presentes de aniversário'. E eu vejo que é uma tentativa de fingir que aquela dor não existe", destacou.
"Eu acredito que quanto mais transparente for, quanto mais a criança tiver consciência, quanto mais entender o que está acontecendo, melhor para ela elaborar. Então, é sentar, dizer que o papai e a mamãe não são mais namorados, mas que o amor continua, que vão ter momentos que talvez ele sinta e que vai ser difícil, mas que eles vão estar juntos para poder ajudá-lo a passar por esses momentos e que eles estão abertos para poder conversar sempre que o filho se sentir chateado ou desamparado", ressalta.
A psicóloga também pontua a importância de não transmitir clima tenso para as crianças. "Eu acredito que a criança precisa saber que ela continua tendo acesso à mãe estando com o pai e acesso ao pai estando com a mãe. É importante que a criança não ouça e não sinta ressentimento de nenhuma das partes, para ela não absorver, para ela não se sentir responsável, porque muitas crianças diante de divórcio sentem que elas são as responsáveis."
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