Em entrevista ao Desconecta Rio, da TV CARAS, o sambista Dudu Nobre comenta o novo momento na cultura do Carnaval e dá sua opinião sincera
O cantor e compositor Dudu Nobre (50) tem forte ligação com o Carnaval. O músico já compôs mais de 40 sambas-enredos e chegou a fazer, em média, 20 canções por ano para disputar na categoria. Como convidado da semana do Desconecta Rio, da TV CARAS, o artista opina sobre o novo momento da Folia de Momo e a atuação dos profissionais de marketing na cultura do Carnaval, e aponta: “Tem que ser gente ligada ao samba”.
Dudu não deixa de enaltecer o Carnaval, relembrando que a festa é exportada para o mundo. “O carnaval está no Brasil e no mundo inteiro. A cultura do Carnaval - desfiles, escolas de samba - é exportada para o mundo inteiro. Você tem Carnaval com desfile de escola de samba na Itália, Cabo Verde, Inglaterra, Japão, Austrália, Estados Unidos, Alemanha (...) Portugal também tem”, diz.
“Cabo Verde tem o Carnaval lá em São Vicente, que tenho o prazer de fazer e de criar também uma história de Carnaval lá, com o pessoal das escolas dos grupos carnavais de lá. O que observo é o seguinte: as coisas vão se modernizando. Acho que, comercialmente falando, mais um dia no carnaval de Janeiro é importante; acho que comercialmente vai ser muito interessante”, completa o sambista.
Dudu continua explicando seu ponto de vista: “Não sei como é que vai ficar a questão, mas acho que quatro escolas por dia é pouco, eu acho isso. Aumentar o desfile também, não sei se seria a melhor alternativa; mas acho que tem momentos que tem que ter uma sacudidela para ver. Vamos fazer alguma coisa aqui”.
Em seguida, o cantor confessa que torce muito para que haja uma democratização no Carnaval. “Uma política de preços, de ingressos, principalmente das arquibancadas, mais em conta, para que todo o público que gosta de Carnaval tenha acesso. Mas de uma maneira geral, vendo tudo, não somente o Carnaval do Rio, mas também São Paulo, Vitória, acho que a gente está vendo uma situação nova, que é o pessoal de marketing chegando nas escolas de samba, chegando na cultura do carnaval. Por um lado, isso é bom? É bom. Mas, para ficar melhor, tem que ser gente ligada ao samba. Eu acho”, finaliza Dudu.