Protagonizada pelo ator Bruno Fagundes, a peça A Herança é uma versão brasileira de um sucesso da Broadway
A estreia da peça A Herança, protagonizada pelos atores Bruno Fagundes (33) e Reynaldo Gianecchini (50), foi marcada pela presença de centenas de telespectadores. A montagem é a versão brasileira de uma produção LGBTQIA+ de sucesso na Broadway, nos Estados Unidos.
Em cartaz no teatro Vivo São Paulo, a peça teve mais de mais de 4 mil ingressos vendidos, surpreendendo os produtores, já que o formato é inédito no país: se trata de uma peça com cinco horas e meia de duração, encenada em dois dias diferentes, denominadas Parte 1 e Parte 2, com uma estrutura linear.
De autoria do dramaturgo estadunidense Matthew López, a montagem aborda a temática LGBTQIA+ e fala sobre o surgimento do HIV/Aids. A produção ainda discute o pertencimento, amadurecimento, amor e afeto entre gerações.
"O melhor time foi reunido para mostrar uma história linda e honrar o sucesso absoluto que a peça fez fora do Brasil, com alcance global. Se o público sair do teatro diferente do que entrou, sinto que já teremos atingido nosso objetivo", disse Bruno.
A peça ainda conta no elenco com Cleomácio Inácio, Davi Tápias, Felipe Hintze, Gabriel Lodi, Haroldo Miklos, Rafael Américo e Wallace Mendes. São 12 atores revezando na interpretação de 25 personagens.
Ver essa foto no Instagram
Durante a estreia de A Herança, o ator Antônio Fagundes esteve presente para prestigiar o filhão em seu novo trabalho. Em conversa com a CARAS Brasil, ele abriu o coração e refletiu sobre a necessidade de produções que abordem a temática LGBTQIA+ no Brasil.
"Sempre que possível, é importante ser levantado qualquer tipo de discussão. A sociedade ainda resiste em aceitar algumas coisas que nós já achávamos que haviam sido aceitas há muitas décadas atrás, e agora estamos percebendo que estão um pouquinho para trás", afirma o ator, que acrescenta ao dizer que é hora de olhar para frente.
Ainda em conversa com a imprensa, Fagundes contou que foi assistir ao espetáculo como um espectador, sem conhecer o texto, para conseguir um olhar distanciado e até crítico. "Não conhecia nada, inclusive não quis nem ler, vim como espectador, para ter um distânciamento crítico. Apesar de que na hora a gente não consegue, é pai né?", completa, aos risos.