Em entrevista a Revista CARAS, a atriz Uiliana Lima, que vive a personagem Morena, em Renascer, comemora seu primeiro papel em novelas e faz um desabafo
A atriz alagoana Uiliana Lima (30) está no elenco da nova versão de Renascer, onde dá vida a personagem Morena na trama de Bruno Luperi (36). Em entrevista a Revista CARAS, a artista, que também é jornalista e modelo, revela que está curtindo bastante a primeira oportunidade em atuar em novelas, após muita luta para, enfim, mostrar seu trabalho. “Alguém tem que acreditar na gente”, destaca.
Foi em 2016 que Uiliana resolveu, definitivamente, correr atrás de seus sonhos, quando começou a fazer curso técnico, workshop de audiovisual. Em 2018, participou da Trupe Cena, projeto da TV Globo para novos artistas, no qual fez uma peça. “Desde aquela época, a TV Globo já me conhecia, mas a oportunidade veio agora”, relembra.
“É difícil a gente se vender como atriz sem ter as primeiras oportunidades, alguém tem que acreditar na gente, né? E eu tive essa grande chance em Renascer, por aprovação da Marcella e do Gustavo Fernández, nosso diretor artístico. Serei eternamente grata, porque eles deram minha primeira grande oportunidade. A Morena foi um divisor de águas na minha vida. E tem essa coisa de ser novela, um projeto muito popular, né?”, completa.
Fazer novelas sempre foi um sonho para a alagoana. “Eu queria trabalhar, a princípio era isso, mas sempre assisti à novela. Acho que todos os brasileiros cresceram com as novelas, é a nossa primeira referência. Eu amo teatro, amo cinema, série, mas novela é uma coisa muito grande, popular e ver seu trabalho chegando a tantas pessoas é muito legal, ver que minha arte atravessa pessoas de diferentes partes do Brasil, de diversas classes econômicas, raças, isso é muito legal. Fora que é muito especial também trabalhar com pessoas que eu cresci assistindo, foi um grande aprendizado. Então, era um desejo, sim, fazer novela e estou feliz que foi com Renascer, que é um primor”, confessa.
Desde muito pequena, Uiliana Lima tinha o desejo de seguir a carreira artística. “Já gostava de manifestações culturais, gostava de dançar coco de roda; nas feiras de cultura na escola, gostava de me apresentar, mas não tinha nem aula de teatro na escola, então não sabia que dava para ser uma profissão. A gente não tinha costume de ir ao teatro, na minha cidade é difícil as pessoas criarem esse hábito. E, inclusive, é um sonho meu, que as pessoas da minha cidade invistam mais nisso, enxerguem a cultura como algo, como diria Gilberto Gil, ordinário e não extraordinário, a gente tem que ter a cultura do nosso arroz e feijão”, diz.
Segundo a atriz, ela veio de uma família que não costumava frequentar o teatro. “Era distante. Quando cheguei a São Paulo e a coisa de modelo foi dando certo, fui conhecendo pessoas da Publicidade, do Audiovisual, que me indicaram cursos. Em 2017, fui fazer uma temporada de modelo em Paris e voltei para o Brasil só para passar as férias, mas fiz um curso de teatro e me apaixonei. Eu falei: ‘Quer saber, vou ficar no Brasil mesmo, não vou seguir com essa carreira internacional, porque é o que eu amo fazer, então vou investir nisso’. Mas em vários momentos pensei em desistir mesmo, porque é difícil, financeiramente falando também”, conta.