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Teatro / A PARTILHA

Elenco de A Partilha aponta 'revolução' no teatro com montagem: 'Atual'

Em entrevista à CARAS Brasil, o elenco principal de A Partilha fala sobre a importância do texto e celebra público diverso no teatro

Arthur Pazin e Mariana Arrudas
por Arthur Pazin e Mariana Arrudas
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Publicado em 04/09/2024, às 17h15 - Atualizado em 05/09/2024, às 11h00

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As atrizes Adriana Lessa, Iléa Ferraz, Letícia Soares e Flavia dos Prazeres em cena da peça A Partilha - Foto: Reprodução/Instagram @apartilha.oficial @erikalmeida
As atrizes Adriana Lessa, Iléa Ferraz, Letícia Soares e Flavia dos Prazeres em cena da peça A Partilha - Foto: Reprodução/Instagram @apartilha.oficial @erikalmeida

Estrelada por Adriana Lessa (53), Iléa Ferraz (64), Letícia Soares (41) e Flavia Dos Prazeres (36), a nova montagem de A Partilha faz com que o público se emocione, se divirta e reflita com o texto. Para as protagonistas, escolhidas por Miguel Falabella (67), a peça trouxe uma revolução no teatro.

Pela primeira vez a história das irmãs Maria Lucia, Regina, Selma e Laura é interpretada por atrizes pretas. As artistas apontam que, para além da representatividade, estar no palco fez com que um novo público fosse prestigiá-las em A Partilha.

"O texto é atual porque a humanidade segue a mesma. Ter acesso a esses sentimentos que são universais, em um espetáculo que tem 34 anos, com a presença dessas quatro atrizes é revolucionário. Nos humaniza em um lugar que, muitas vezes, a arte tira de nós", afirma Letícia, em entrevista à CARAS Brasil. "É um grande orgulho", pontua Adriana.

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Flavia acrescenta que há muitas pessoas pretas no público e assegura que os espectadores estão ainda mais engajados com a história. "Estamos tendo um público muito do povo mesmo, muito diverso. As pessoas estão se vendo em cada personagem. Em cena, dá vontade de prestar atenção nelas [risos]. Você vê o envolvimento, e essa peça ajuda em uma formação que em muitos anos não se via."

A trama começa após a morte da mãe das protagonistas, quando as quatro precisam se encontrar para decidir a partilha de seus bens. Ao decorrer da história, elas descobrem segredos da família, discutem ressentimentos e falam sobre temas como amor, ambição e traição.

"O público fica muito impactado, sobretudo porque eles veem a excelência de quatro atrizes negras. O público brasileiro não está acostumado porque nós não estamos nesse lugar. O Miguel mantém o texto na íntegra e faz só um ajuste, ele não queria fazer nenhum tipo de mudança", completa Iléa. "Não é sobre quatro irmãs negras, é sobre quatro irmãs."

A Partilha teve sua temporada em São Paulo prorrogada até o próximo domingo, 8 —inicialmente, o espetáculo encerraria as apresentações em 1º de setembro. A peça tem exibição aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h, no Teatro Sabesp Frei Caneca.