Em entrevista à Revista CARAS, Dudu Azevedo comenta sobre a importância da arte, versatilidade e amor ao longo de sua trajetória
Intenso e apaixonado, Dudu Azevedo (46) enxerga a vida com a calmaria de quem está sempre disposto a se reinventar e explorar novas possibilidades. "Sem falsa modéstia, acabo reconhecendo minha versatilidade. Sou um artista multifacetado e sempre procuro diversificar e exercitar minhas possibilidades. Além de me realizar muito, isso acaba sendo um exercício de engrandecimento do artista que em mim habita", afirma o ator.
Com mais de três décadas dedicadas à arte, ele segue fortalecendo seu talento, algo que também reflete em seu bem-estar pessoal. "Da arte me realizo e da arte eu sobrevivo", destaca Dudu Azevedo, em entrevista à Revista CARAS.
Atualmente, o teatro tem sido um de seus maiores refúgios artísticos. Em cartaz com a peça O Cravo e a Rosa, ele define a experiência como mágica. "Voltar ao palco foi o resgate de muitos sentimentos no trabalho. O encontro com o público, a pulsação do palco... foi e ainda é algo muito realizador e de muito crescimento", conta ele, que fará as últimas apresentações do espetáculo em Nova Iguaçu, no Rio, ainda este mês. "Me despeço desse espetáculo maravilhoso, por meio do qual recebi coisas preciosas do público, aprendi e redescobri a alegria de atuar no palco", conta.
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Além do palco, a música também ocupa um lugar importante em sua vida. Integrante da banda Supernova, ele continua a criar, ensaiar e se apresentar, mantendo o plano de lançar músicas próprias no futuro. "A música continua ocupando bastante meu tempo, meu coração, minha cabeça", diz, deixando claro sua conexão com essa vertente. "Guardei meu projeto pessoal solo, com as minhas composições, mas devo retomar em algum momento e lançar nas plataformas algumas músicas autorais minhas, possivelmente um EP", emenda.
Embora longe das novelas desde Gênesis, exibida pela RecordTV em 2021, no audiovisual, Dudu mantém um ritmo constante, diversificando seus projetos e mantendo o interesse em novos desafios. Seu último filme rodado foi Agentes Especiais, previsto para estrear no segundo semestre.
Além disso, ele participou do longa Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais, que estreou no ano passado. "Nunca me vi fazendo outras coisas ao longo da vida. Coisas me me realizassem no ambito profissional e pessoal da maneira que a música e as artes visuais me realizam", afirma.
Próximo dos 50 anos, ele não enxerga a passagem do tempo de forma negativa. "Com toda certeza o tempo se prova meu amigo, seja nas angústias, nos desafios, no amadurecimento e nas respostas que não aparecem instantaneamente. Saber esperar também é uma virtude", reflete, reforçando a ideia de que a maturidade também é um processo enriquecedor. "Acho que entender o tempo é uma escolha. Como se fosse um despertar para sua importância e querer vê-lo como um aliado. Nessa relação, eu só tenho a ganhar", reflete o ator.
Apesar de ser frequentemente visto como um galã, Dudu não se prende a rótulos e prefere destacar outras qualidades mais profundas do que sua beleza física. "O rótulo de galã é um encurtamento de horizonte. Pode parecer um elogio, mas muitas vezes pode ser também uma forma de abreviar o outro, porque, na maioria, das vezes a beleza é o que menos importa", avalia.
Solteiro desde 2021, Dudu revela que está sempre aberto ao amor, mas sem pressa. "Amor, para mim, é troca, construção. Não é algo que fico procurando loucamente, afinal, acho que o amor acontece. Não posso jamais dizer que não estou em busca disso. Eu com certeza estou. O amor é um sonho permanente", declara ele, que é pai de Joaquim (6).
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