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Revista / Agora é Moda

ANA FURTADO VENCE A DEPRESSÃO COM ISABELLA

Na Ilha de CARAS, atriz de Caminho das Índias conta como a herdeira revolucionou sua vida

Redação Publicado em 06/04/2009, às 10h10 - Atualizado em 09/04/2009, às 17h39

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Isabella, filha de Ana com o diretor Boninho, faz charme e abraça a mãe no deck da piscina. - CADU PILOTTO
Isabella, filha de Ana com o diretor Boninho, faz charme e abraça a mãe no deck da piscina. - CADU PILOTTO
Criada para conquistar o mundo e ser independente, a atriz e apresentadora Ana Furtado (35) sempre se questionou sobre tudo. Tanto que somente em 2007, onze anos após iniciar a relação com Boninho (47), diretor de programas como Big Brother Brasil e Mais Você, é que eles tiveram a primeira filha, Isabella, que completa dois anos em maio. "Boninho não tinha pressa, já tinha filhos (Mariana, 24, e Pedro, 13). E eu achava amedrontador ser mãe. Quando descobri que estava grávida, fiquei chocada. Não foi programado. Demorei para engravidar, me preocupava criar uma criança em um mundo tão violento. Me questionava se saberia educar, se ela seria feliz. O medo desapareceu quando a vi pela primeira vez. Hoje, tenho certeza de que sou boa mãe", explica ela, a Gaby de Caminho das Índias. "Vivo fase sensacional. Feliz no casamento, na maternidade, na TV. Fazer parte da novela da Glória, que escreveu a personagem para mim, me deixa honrada", acrescenta, na Ilha de CARAS. A felicidade realça ainda mais a história de superação de Ana, que pela primeira vez fala sobre o drama que viveu após o nascimento da filha. "Amamentar a Isabella foi minha primeira e mais importante prova de amor. Só interrompi aos nove meses, porque ela não quis mais. Não administrei direito a situação e senti uma rejeição forte. Entrei em depressão", revela. - Como você superou? - Foram os seis meses mais difíceis da minha vida. Na época, apresentava o Estrelas e tive que buscar forças para realizar meu trabalho sem que ninguém percebesse. Outras mulheres passam por isso, não é frescura. É químico, hormonal. Foi a primeira vez que procurei ajuda médica. Além do apoio do meu marido e da minha mãe, o que me tirou desse processo foi o amor da Isabella. O ápice foi quando ela fez um ano, quase quatro meses após o sintoma começar. Eu comia e não engordava, só emagrecia. Foi um período que me achei feia. Nesta fase, não estava no ar, o destino me protegeu. - O que mais mudou com a chegada de Isabella? - Tudo. Agora, sou a mulher. Os problemas se tornaram irrelevantes diante do milagre que é gerar uma vida. Nasci para ser mãe, e da Isabella. Ela se parece comigo no comportamento, personalidade, bom humor, vitalidade, tagarelice e charme, no caso dela, arrebatador. Fisicamente, nasceu a cara do pai e agora está uma grande mistura. E herdou dele a teimosia, o gênio e a molecagem. - O que ela acrescentou ao seu casamento com o Boninho? - Solidificou mais o amor que sentimos, confirmando que nosso encontro foi especial. E pensar que também relutei em casar... Mas o destino prega peças. - Como assim? - Tenho índole livre. Fui educada para conquistar o mundo, estudar, ter carreira sólida, não depender de marido. Tinha medo de casar e me sentir presa. Mas ao conhecer Boninho, me encantei de imediato. Quando se acha o amor verdadeiro, tudo flui de forma segura e madura. E o medo foi embora. É o homem da minha vida. - O que mais admira nele? - É humilde, generoso, leal, tem caráter, é fiel comigo, com a filha e os amigos. Foi amor à primeira vista. Quando vejo pessoas fúteis e volúveis, percebo que tivemos um encontro de almas. Até hoje nos damos flores, trocamos bilhetes carinhosos. Ele é meu marido, namorado, melhor amigo, amante, além do palhaço de plantão. - E como criam a Isabella? - Boninho fica na hora da bagunça, da diversão, só ensina traquinagem. É maravilhoso vê-los juntos. Não poderia ter encontrado pai mais especial. É amoroso, dedicado, troca fralda, põe para dormir... é presente, apesar da vida agitada. E o trabalho sujo (risos), de chamar atenção, é meu, até porque fico mais tempo com ela.