Em entrevista à CARAS Brasil, Marco França, de No Rancho Fundo, dá mais detalhes sobre seu primeiro show autoral e conta planos para o futuro
Conhecido por muitos como Fubá Mimoso, de No Rancho Fundo(Globo), Marco França (47) leva os 35 anos de carreira musical para o show A m ar é em uma série de apresentações gratuitas em São Paulo. Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, ele se mudou para a capital paulista há oito anos e, agora, reúne toda a bagagem em sua primeira apresentação autoral. "Sou a tradução de tudo que vivi."
"Comecei [a carreira] com 13 anos. Tocava em recepção de casamento, toquei com Gilliard, fui da banda dele aos 15 anos, fiz turnê", recorda Marco França, em entrevista à CARAS Brasil. "Tem muita história para poder chegar aqui."
Ao longo do espetáculo, ele tocará piano, escaleta e sanfona, enquanto convida a cantora e atriz natalense Badu Moraes para recitar poemas de autoras potiguares. A música ficará por conta de Dicinho Areias, na sanfona, Gibson Freitas, no baixo, e Daniel Alfaro, responsável pela percussão. "É uma grande fotografia do longo dos 35 anos que se resume nesse eu de hoje."
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O artista assegura que o show nasceu no momento certo, trazendo diversos materiais que compôs ao longo da carreira —desde as de sua adolescência, até as mais recentes— e criando uma verdadeira ode ao Nordeste urbano e litorâneo. "Precisei sair de lá para olhar minha raiz de uma forma muito mais intensa."
França assegura que valoriza muitos aspectos culturais de São Paulo e, mesmo não se vendo saindo da cidade, entende que sua relação com Natal se transformou. Hoje, por exemplo, ele conta ser muito mais conectado ao mar e atento à peculiaridade da capital. "Natal sempre acolheu muito bem o que vem de fora. É litorânea, turística. Então, as pessoas têm uma fantasia."
Ele ainda celebra o elenco de No Rancho Fundo e Mar do Sertão que também tem origem potiguar, como Titina Medeiros (47) e Igor Jansen (20). "Por mais que tenha esse lugar cosmopolita, os contrastes acentuados me dão um orgulho muito maior de onde vou."
Para o futuro, França não pretende ficar parado. Ele trabalha em um projeto solo para 2025, escrito por Milton Moreno; está no elenco de uma série de humor; fez uma participação na cinebiografia sobre Ney Matogrosso (83); e também poderá ser visto como Fabiano Sanfoneiro em Guerreiros do Sol (Globoplay). "Me sinto como o semeador inquieto que tá sempre plantando", acrescenta.
"Uma hora em algum terreno a coisa vai surgir. Da mesma forma como a imagem do malabarista de circo que fica ali equilibrando pratinhos no palito. Um gira e outro cai, são tantas frentes. Passei tanto tempo como artista tentando me colocar numa caixinha, sem definir e hoje eu me sinto com um artista múltiplo que me permite estar no audiovisual de uma forma muito recente."
A m ar é conta com apresentações gratuitas no Centro Cultural Santo Amaro, nesta terça-feira, 1º, às 15h; na Casa de Cultura do Butantã, na sexta-feira, 4, às 19h; no Centro Cultural Olido dia 25 de outubro, às 17h; e na Vila Itororó em 26 de outubro, às 19h.
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