Atriz conta como a sintonia com filho, da união de oito anos com o diretor Alexandre Avancini, impulsiona até sua carreira
Recém-chegada da região do Cariri paraibano, onde atuou em seu primeiro longa, O Tempo Feliz que Passou, de André da Costa Pinto, Nanda Ziegler (32) confessa que ficar duas semanas longe do filho, Enrico (6), não foi fácil. “Senti muita falta do meu companheirinho. Entrava na internet nos horários que ele chegava da escola para ficarmos um pouco mais juntinhos. Aproveitei para mostrar o lugar que eu estava trabalhando e a bela cultura da Paraíba”, conta a atriz, matando a saudade do menino, da união de oito anos com o diretor Alexandre Avancini (49), na Ilha de CARAS. “Quero ficar casada para sempre”, avisa. Desde que voltou para o Rio, Nanda não desgruda de Enrico, tanto nas brincadeiras como para auxiliá-lo nas tarefas escolares. “Temos uma sintonia grande. Ele pede minha atenção”, comenta ela, que tem contrato com a Record e trabalhou, entre outras produções, em Rebelde, José do Egito e Pecado Mortal.
– Apesar da saudade da família, valeu a pena ficar longe?
– Quando meu filho estiver mais velho, sentirá orgulho de mim! Faço uma prostituta deficiente da perna direita e com sífilis. Foi a personagem mais intensa que já vivi em um filme delicado, que lida com conflitos humanos.
– Mas Enrico reclamou da sua ausência?
– Não. Tento ensinar como o trabalho é importante na vida de uma pessoa. E ele se sente seguro porque sabe que está dentro do meu coração.
– Qual o sentido da maternidade para você?
– Pode parecer clichê, mas só quem é mãe sabe... Ter um filho é a coisa mais importante que acontece na vida de uma pessoa. É impossível explicar.
– Como se relacionam?
– Entre nós existe um amor que não se mede por esforços. Tudo é feito sem pensar, sem crítica, sem nada. Se me desespero, é por amor. Se às vezes me sinto mal porque trabalho muito e quero ficar com ele à noite, agarradinho, juntinho, é por esse sentimento. É algo sufocante. (risos)
– Concorda que ser mãe traz maturidade à mulher?
– Muda tudo. Fisicamente e emocionalmente. Eu mudei. Deixei de ser uma menina. Dizem que o olhar é a janela da alma. E com a maternidade, você passa a ver o mundo de forma diferente. Transforma seu olhar para a vida.
– A criação de Enrico reflete-se em seu temperamento doce?
– Com certeza! Ele é a criança mais amável do mundo, carinhoso. Muito educado. Dizem que educação vem de berço, mas não acho que isso basta. Claro que a gente tenta fazer o melhor, sempre. Mas sinto que o meu filho tem uma alma boa, é do bem!
– Com quem ele é parecido?
– Enrico é do meu jeito, carismático, extrovertido. Mas, fisicamente, é a cara do pai.
– Você costuma expressar seus sentimentos para ele?
– Claro! Falo ‘eu te amo’ para o Enrico milhões de vezes ao dia.