ATRIZ ENCONTRA O EQUÍLIBRIO APÓS DAR GUINADA NA VIDA E NA CARREIRA
Redação Publicado em 25/04/2007, às 13h21
por Cláudio UchôaFlávia Monteiro (34) admite que anda encantada com o tema sedução. Na TV, em Vidas Opostas, a atriz conquistou o público com um papel bem diferente dos que já viveu em vinte anos de carreira. Mau-caráter, sexy e altamente sedutora, ela vem estrelando algumas das cenas mais contundentes e ousadas da trama da Record. O momento de fascínio acentua-se com a experiência na Universidade Gama Filho, no Rio, onde cursa Cinema. "Não dizem que o ator precisa saber seduzir? Estou aprimorando meu olhar atrás das câmeras", explica. Solteira, livre e bem resolvida, Flávia também surpreende em sua vida pessoal. Imune aos clichês, assume que teme uma relação mais tradicional como o casamento e não descarta ter um filho de "produção independente".
- Gosta de estar solteira?
- Acho bom. Dá uma reciclada. Estou que nem Beija-flor, livre para voar de flor em flor. É um momento de fazer um revival, do que foi e do que pretendo ser.
- E a relação com o Gabriel Braga Nunes?
- Foi uma flor mais constante (risos). Uma relação longa, mas não considerava namoro. Sei lá o que foi... Terminou há mais de dois anos. Nesse tempo, outras coisas aconteceram, mas nada que tivesse que apresentar à sociedade ou assumir. Para isso, teria que ter certeza. Estou sempre em movimento. Deixo a vida me levar.
- Não pensa em uma relação mais tradicional?
- Me assusta! O cara teria que ser o cara. Aquela pessoa que te pega inesperadamente e, quando você vê, tá na rede. Para me ver casada, só sendo um pescador muito bom.
- E não pensa em filhos?
- Agora não.
- E teria um de produção independente?
- Não tenho problema com nada. Se chegar aos 40, ainda sem ter achado o cara para ser pai dos meus filhos, posso pensar sim. Para isso, já tenho até alguns amigos que se predispõem a me ajudar. O mais importante é ter filho consciente, que a criança tenha carinho, amor e condições para se desenvolver. Ter por ter, não quero.
- Vida Opostas foi uma virada em sua carreira?
- Realmente, com a Maria Lúcia estou tendo a chance de fazer algo bem diferente: um vulcão sexual, uma louca, uma vilã. Nunca havia tido esta oportunidade e estou adorando.
- Você viveu dois personagens que marcaram, em A Menina do Lado e na novelinha Chiquititas. Isso foi bom ou ruim?
- Realmente ele viraram referência. É gostoso ter retorno e reconhecimento. Mas incomoda encontrar cabeças quadradas que acham que você é só aquilo. Adoro ter feito, foram dois marcos. Mas rotular realmente atrapalha. Vou desencaixotar a Flávia dos estigmas e a Record está me dando esta bela oportunidade.
- Você está estudando cinema, pretende dirigir?
- Sempre tive vontade de alimentar a alma com novidades e descobertas. Tenho que estar fazendo coisas, me sentindo útil. E o cinema entrou para suprir essa necessidade. Já havia sido assistente de direção do filme O Gatão da Meia Idade. Tenho um olhar diferente, enquadrado. Eu adoro fotografia e cenografia. E na faculdade estudo também história da arte, pintura, luz, enquadramento, além de cultura geral. Mas não quero dirigir um longa com narrativa normal, uma história com princípio, meio e fim. Estou mais para um documentário, tipo Estamira, Ônibus 174. Quero a possibilidade de expor minhas idéias, expressar sentimentos.
FOTOS: SELMY YASSUDA/ARTEMISIA; AGRADECIMENTOS: ESPAÇO FASHION, JOLIE, REGINA COELHO, SALINAS,18 K.
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