Após êxito em 'Avenida Brasil', a atriz Fabiula Nascimento incorpora mãe de santo em 'O Canto da Sereia'
Saem as roupas justas, as gírias do subúrbio carioca e o jeitão despachado. Entram o figurino branco, o sotaque baiano e mis ticismo do candomblé. A atriz curitibana Fabiula Nascimento (34), que brilhou em sua estreia nos folhetins como a cabeleireira Olenka de Avenida Brasil, estará de volta à TV como Marina de Oxum, a mãe de santo da microssérie global O Canto da Sereia, que estreia na terça-feira, dia 8.“Estou radiante. Minha primeira novela foi um sucesso e agora me deram esse trabalho delicioso. Também estou escalada para 'O Pequeno Buda', próxima trama das 6. Sinal de que agradei!”, vibra, durante o intervalo das gravações, em Salvador. “Fiz um laboratório aqui e entrei em contato com o universo do candomblé. Me impressionei bastante”, disse. A atriz que, após uma década de carreira no teatro, se lançou no cinema com Estômago, em 2007 e, em seguida, na TV, admite o orgulho com tudo o que conquistou. “Foi aos poucos, com dedicação e as escolhas certas”, diz ela, que diz ter bom humor nas veias. “Já acordo sorrindo, de bem com a vida”, festeja. Solteira desde o fim do namoro com o ator George Sauma (24), em outubro, ela diz estar tranquila. “A pessoa ao seu lado não precisa ser necessariamente alguém com quem você tenha uma relação homem-mulher. Estou muito bem acompanhada dos meus amigos”, explica.
– O que fez nos intervalos das gravações em Salvador?
– Revi amigos e voltei a lugares de que gosto, como o Pelourinho, a Barraca do Lôro e o Restaurante da Dadá, que serve o melhor pastel de carne do mundo.
– Como foi praticamente emendar o trabalho na novela Ave nida Brasil com a série Canto da Sereia?
– Como todo processo criativo, foi complicado e teve o agravante do tempo. Minha sorte é que pude fazer um laboratório aqui, me identificar com o universo da série, e trabalhar o sotaque baiano que é uma delícia e, no meu caso, vai ser bem leve. Mesmo sendo cansativo, emendar trabalhos é uma alegria.
– Como será a personagem?
– Marina de Oxum é uma mulher muito forte, mãe de santo poderosíssima, consultada por todos, inclusive pela protagonista, vivida pela Ísis Valverde.
– Você tem alguma relação com o candomblé?
– Nunca tive contato e não sigo nenhuma religião, mas conheço um pouco de cada uma e sou uma pessoa de fé.
– Você já interpretou um bom número de papeis com pegada cômica. É uma preferência?
– Não, me apaixona a versatilidade do meu ofício. Sou uma pessoa muito alegre, mas na profissão, gosto de fazer tudo.
– E os projetos para 2013?
– Muito trabalho. Tenho três filmes para lançar, O Lobo Atrás da Porta, Estação Liberdade e Dores de Amores. Vou rodar O Bolo e estou escalada para O Pequeno Buda. Além disso, estou escrevendo uma peça.
– O que faz além de trabalhar?
– Leio muito, é fundamental. Livros da Adriana Falcão estão sempre à minha cabeceira. Não me considero extremamente culta, mas sempre procuro aprender e observar o que acontece.