Mônica, famosa personagem de Mauricio de Sousa, faz 50 anos no dia 3 de março. Saiba como as histórias em quadrinhos aprimoram o vocabulário infantil, facilitam o aprendizado e ajudam na formação do senso crítico das crianças
Mônica é a aniversariante do mês! A personagem mais adorada das histórias em quadrinhos completa 50 anos no próximo domingo (03). Ela e outros integrantes da Turma, criados por Mauricio de Sousa, fizeram parte da infância de muitos pais nos anos 1960. As histórias e os traços dos desenhos foram se adaptando ao cotidiano das crianças. Hoje, a dentuça virou mulher, namora o Cebolinha e faz parte do gibi “Turma da Mônica Jovem”, vendido em diversos países.
A evolução dos traços dos desenhos e as histórias do dia a dia foram sofrendo modificações com o tempo, mas segundo especialistas, todos os personagens infantis, além da Turma da Mônica, sempre influenciaram o comportamento dos pequenos. “Durante todo o seu desenvolvimento, as crianças buscam modelos para formar sua identidade. Os personagens infantis transmitem valores, imagem, moda, etc”, diz Fernanda Teixeira, pedagoga. Por isso, é importante observar o que os pequenos estão lendo. “Os pais precisam analisar as mensagens que esses personagens estão transmitindo às crianças, para que essa influência seja positiva”, afirma Fernanda.
Benefícios dos gibis
Estimular a leitura é essencial para que as crianças aprimorem o vocabulário. “Eles promovem o desenvolvimento da linguagem, imaginação, socialização, valores e claro, prazer pela leitura”, Fernanda. Facilidade na alfabetização e melhor assimilação da grafia também podem ser conquistadas com a leitura de histórias em quadrinhos. “Essa leitura também contribui para formar o senso crítico, a imaginação e aprimora a linguagem verbal. Mexe com as emoções e com a fantasia. O hábito de contar histórias para a criança aproxima pais e filhos, é um momento único, em que a atenção é para eles”, diz Triana Portal, psicóloga.
Triana diz, ainda, que, caso os pais percebam que o livro ou gibi que os pequenos estão lendo é inadequado, é preciso orientá-los e não proibi-los de ler. “Os pais precisam estimular a confiança, ensinar o que é certo e errado, explicar o que é ficção e o que é realidade. Devem acompanhar de forma equilibrada, sem impedir a liberdade de expressão. Devemos estimular filhos à reflexão e a terem opinião própria”, afirma.
Da Redação