Segundo estudo japonês, o colo de mães, pais e avós diminui batimentos cardíacos e tem efeito relaxante nos bebês. Mas em excesso, dar colo pode provocar problemas. Saiba como dosar
O bebê começa a chorar, a mãe o pega no colo e ele se acalma como num passe de mágica. Presenciar tal cena já é fascinante, mas saber que os batimentos cardíacos do pequeno se desaceleram quase imediatamente, cerca de três segundos, é incrível. Mas foi exatamente isso que mostrou um estudo realizado pelo Instituto Riken Brain Science, no Japão, com bebês menores de 6 meses.
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A neurobiologista Kumi O. Kuroda liderou uma equipe que usou eletrocardiogramas para monitorar os batimentos de bebês e ratos quando eles são carregados. Ambos se acalmam e param de se mexer na hora! Mas precisa ser um colinho de verdade, não apenas “segurar”. “Nós fizemos alguns estudos preliminares com pais e avós e, basicamente, eles podem causar o mesmo efeito”, diz Kumi.
Com bom senso, o colo é importante porque, além de acalmar, ainda pode ajudar no desenvolvimento de uma criança mais segura e independente. “Nos bebês, é possível perceber uma melhora do sono, dos regurgitamentos e na diminuição de cólicas”, diz a psicóloga Juliana Mattoso Del Vigna. “Porém, o excesso acaba gerando ‘problemas’, porque a criança pode ficar dependente de colo para dormir ou comer, por exemplo”, completa.
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E assim como o exagero, a falta de colo também pode ser prejudicial. Colo é afeto. Na pesquisa japonesa, ficou provado que a resposta dos bebês com três meses ou menos foi ainda mais forte. Afinal, a criança que acabou de sair do útero quentinho logo transforma o colo da mãe em referência de proteção. “Cada mãe ou pai consegue perceber a necessidade do filho, existe sim o instinto e ele deve ser ouvido e respeitado”, diz Juliana. “Com o crescimento dos filhos, é possível perceber quando existe manha ou a necessidade de colo de verdade”.
Colo, mais do que quantidade, é uma questão de intensidade, de qualidade. E todo mundo gosta de colo de mãe, independente da idade. “Conversa, carinho, afeto é a base de tudo, inclusive com os bebes”, resume a psicóloga.
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