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Datas Especiais / MEMÓRIA

Ilva Niño fez história por trás das câmeras, para além dos papéis marcantes

Eterna Mina de Roque Santeiro, Ilva Niño completaria 90 anos nesta sexta, 15; dona de papéis marcantes, a atriz fez história por trás das câmeras

CARAS Brasil Publicado em 15/11/2024, às 07h00

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A atriz Ilva Niño - Foto: Reprodução/Globo
A atriz Ilva Niño - Foto: Reprodução/Globo

"O mundo não sabe metade das histórias de Ilva Niño". A frase de Titina Medeiros (47) define bem a trajetória de Ilva Niño (1937-2024), ícone da atuação brasileira que completaria 90 anos nesta sexta-feira, 15. Para além dos papéis marcantes na dramaturgia, a atriz foi peça importante no fomento da cultura no país.

Nascida em Pernambuco, ela ficou marcada por personagens na TV como Alzira em Pecado Capital (1975), Mina em Roque Santeiro (1985-1986), Irmã Teresa em Terra Nostra (1999), Cândida em Cordel Encantado (2011) e até mesmo Epifânia em Cheias de Charme (2012). Porém, não foi apenas nesses papéis que Ilva Niño se destacou.

Segundo Medeiros, que interpretou sua filha em Cheias de Charme, a atriz tem diversas experiências para além das telas. "Ela fez parte do movimento 'De pé no chão também se aprende a ler', de Paulo Freire. Ela estava com ele nas cidades com seu grupo de teatro do Movimento de Cultura Popular, o MCP", contou a atriz, em entrevista à CARAS Brasil, condedida no início deste ano.

Leia também: Relembre os principais trabalhos da carreira de Ilva Niño

"Ela também foi perseguida na ditadura militar, porque fazia parte da Secretaria de Cultura, de Miguel Arraes", completa a artista. "Aquela mulher era uma gigante. Ela não foi só minha mãe na novela ou minha avó em Os Roni, Ilva era uma grande amiga e inspiração. Eu sempre dizia: Ilva, quando crescer quero ser como você."

A VIDA E MEMÓRIA DE ILVA NIÑO

Atriz de cinema, teatro e, principalmente, de televisão, Ilva Niño se mudou para o Rio de Janeiro após o regime de 1964. Em 1970, ela foi levada para a televisão por Dias Gomes(1922-1999) e, desde então, se destacou em diversos papéis coadjuvantes, tendo estado em mais de 30 novelas.

Sua estreia aconteceu em 1971, com o papel de Santa na novela Bandeira 2. Após um curto período fora das telinhas, ela voltou, em 1974, para interpretar Jandira em Corrida do Ouro. A partir daí, ela não parou mais de fazer folhetins e participações em séries, até que em novembro de 2014,  foi internada no Rio de Janeiro, para tratamento de um câncer no intestino.

Após o tratamento e uma cirurgia, ela se recuperou e em abril de 2015 reformou seu teatro, localizado no centro da capital carioca.  Em 2016, depois de três anos afastada da TV, voltou a atuar em Malhação: Pro Dia Nascer Feliz interpretado Damiana, a avó da protagonista Joana (Aline Dias).

Ilva Niño era viúva do autor e diretor teatral Luiz Mendonça, com quem foi casada entre 1957 e 1995. Da relação, ela se tornou mãe do ator Luiz Carlos Niño, que morreu em 2005, aos 40 anos. Ela também foi diretora e professora da escola de teatro Niño de Artes Luiz Mendonça, fundada por ela em 2003 em homenagem a seu marido, e professora de teatro da EPSJV-FIOCRUZ.

A atriz morreu em 12 de junho de 2024, aos 89 anos. Ela estava internada desde 13 de maio do mesmo ano, no Hospital Quali, em Ipanema, após passar por uma cirurgia cardíaca para tratar complicações respiratórias, digestivas e renais, que ocasionaram uma falência múltipla de órgãos.

Leia mais em: Morre Ilva Niño, a Mina de Roque Santeiro, aos 89 anos

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