Rubens Ewald Filho elege as 15 mães mais detestadas da história do cinema. Confira a lista!
Renan Botelho Publicado em 11/05/2013, às 18h01 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20
- Quem mais ia me amar? Quem mais ia me tocar? Quem mais ia me fazer me sentir bem comigo mesma? – A frase foi dita por Mo'Nique, que conseguiu um Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante na pele de Mary, a mãe de Precious (Gabourey Sidibe), que deixa a filha ser abusada sexualmente pelo seu marido, em Preciosa. Quando é finalmente confrontada por uma assistente social, ela ainda assim continua defendendo seu homem ao invés da filha.
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É por essas e por outras que Mary se tornou hors concours na lista de mães mais odiadas feitas pelo crítico de cinema Rubens Ewald Filho, especialmente para a CARAS Online. “Este notável filme de Lee Daniels dá dois exemplos de mãe péssima e mãe boa. A garota que dá titulo ao filme cria seu filho doente mental com todo amor. Mas é a própria mãe dela que permite a situação deixando o marido e pai abusar sexualmente da menina. Um personagem brilhantemente interpretado por Mo´nique”, avaliou.
Mas além de Mary, outras mães conquistaram o ódio do público ao renegarem os filhos nos cinemas. Rubens Ewald fez um ranking com as 15 mais odiadas das telonas. Confira:
15- A Corrente do Bem (Pay it Forward, 2000)
Um filme muito esquisito prejudicado por um final infeliz, manipulativo e mal escolhido. Um professor da sétima série do ensino médio dá como tarefa do ano bolar alguma coisa que ajude os outros. É assim que o menino Trevor (Haley Joel Osment, de O Sexto Sentido, com sua cara de triste) bola a ideia do “pague mais adiante”, que seria o seguinte: Cada pessoa teria que realizar três boas ações, o que seria ajudar de forma substancial três pessoa . Essas não precisam agradecer, mas por sua vez tem que ajudar três outras e assim por diante, formando então uma corrente. Helen Hunt, ainda piora a situação fazendo o papel da mãe garçonete com maquiagem e roupas que acentuam o lado brega e perua do personagem.
14- Sopro no Coração (Le Souffle au Coeur, 1971)
Boa ou má a discutir! Neste polêmico filme de Louis Malle, a mãe vivida por Lea Massari dorme com o filho adolescente que sofre da doença do título. Só que todo o filme incestuoso é feito em tom leve de comédia e romance.
13- Mamãe é de Morte (Serial Mom,1994)
Uma mãe de família de subúrbio, classe média, que parece perfeita é também uma serial killer, que vai matando todos os que ofenderem o que ela acha que são seus “valores morais”. Comédia do diretor underground Waters (famoso por Pink Flamingos) que naquela altura já estava produzindo para Hollywood, com atores famosos (Kathleen Turner se arriscou fazendo um papel de vilã ainda que numa farsa, quase chanchada). A fita é uma sátira (que finge ser baseada em fatos reais) dando alfinetadas no conceito de psicopata que tem algo a ver com o posterior Psicopata Americano.
12- Amar foi minha Ruína (Leave her to Heaven, 1945)
O momento máximo da carreira de Gene Tierney como mulher má. Ela chega a se jogar de uma escada para perder o filho por causa dos ciúmes que tem do marido. Mais ainda: deixa o jovem cunhado deficiente físico morrer afogado. E Sempre linda!
11-Próxima Parada Bairro Boêmio (Next Stop, Greenwich Village, 1976)
Shelley Winters dá uma de suas memoráveis interpretações de mãe judia, nesta historia autobiográfica do diretor Paul Mazursky que relembra como era o Village nos anos 50.
10- Jogue a Mamãe do Trem (Throw Momma from the Train, 1987)
Comédia de humor negro de Danny DeVito. Inspirando-se no filme Strangers on a Train/Pacto Sinistro, de Hitchcock. Owen resolveu propor a seu professor Larry uma troca de assassinatos. Ele mataria a ex-esposa de Larry (que escreveu livro best-selller que roubou dele) e em troca Larry o livraria de sua mãe megera. Usando um roteiro muito inteligente de Stu Silver, ele brinca com a influência de Hitchcock, provocando o riso nas horas certas
9- Mamãezinha Querida (Mommie Dearest, 1981)
A incrível biografia da estrela Joan Crawford agora contada por sua filha (adotiva) mais velha. O curioso é que nunca foi desmentida esta versão cruel e espantosa dos fatos. Faye Dunaway ficou tão parecida com La Crawford que é assustador!
8- Uma Prova de amor (My Sister´s Keeper, 2009)
Um filme desconcertante. A quase adolescente Anna (Abigail Breslin) foi concebida para salvar a vida de sua irmã mais velha que sofre de leucemia servindo de doadora de órgãos. Mas ela se rebela e resolve discutir o caso num processo em tribunal. Como julgar esta família, principalmente a mãe (Cameron Diaz) que, para salvar uma filha, condena a outra à morte?
7- Eu Matei Minha Mãe (J´Ai Tué Ma Mére, 2009)
A historia autobiográfica do diretor quando adolescente (ele nasceu em 1989), numa cidade do Canadá francês, e que tem problemas com a mãe, que interfere em sua vida. Não mata de verdade, apenas briga muito com ela e conta no colégio que ela morreu (daí o titulo). Mesmo aceitando sua homossexualidade ele é mandado para um colégio interno. Deu fama ao muito jovem diretor canadense que conta sua historia de forma bem criativa e mesmo literária, recriando ele mesmo o que passou quando adolescente homossexual assumido e de caso com um colega. Mas que é incapaz de tolerar a mãe desequilibrada e com quem está numa batalha constante.
6- A Sogra (Monster-in-Law, 2005)
Jane Fonda é uma famosa apresentadora de televisão que reluta em aceitar o casamento de seu filho (Michael Vartan, da serie Alias) com uma bela latina (Jennifer Lopez) acabando por se tornar uma megera. Aliás, como tantas sogras no cinema. Como por exemplo, a Imperatriz na trilogia Sissi.
5- Vidas Amargas (East of Eden, 1955)
Kate largou o marido e os filhos para virar prostituta e depois dona de bordel. Um dos filhos, irmão do personagem de James Dean, se mata quando descobre.
4- O Leão no Inverno (The Lion in Winter, 1968)
Kate Hepburn fazendo a rainha deposta que vem visitar o ex-marido e bota a boca nos escândalos da família.
3-O Mensageiro do Diabo (Night of the Hunter, 1958)
Willa Shelley Winters se casa com um pregador/pastor assassino que a mata e tenta matar os filhos pequenos dela em troca de dinheiro enterrado.
2- Sob o Dominio do Mal (The manchurian candidate, 1958)
Angela Lansbury faz a mãe de Laurence Harvey que sofreu lavagem cerebral para matar o futuro presidente americano. A espiã responsável por toda a trama é sua própria mãe.
1- Psicose (Psycho, 1960)
O filho conserva a mãe na cadeira de balanço como esqueleto de peruca! Foi ela que o levou a loucura e a matar as jovens que pernoitam no seu motel!
