Em tour lusitano, estrela destaca caminho para consolidar seu nome na teledramaturgia
Por trás do olhar sereno e rosto delicado de Marina Moschen (21) se revela uma mulher forte e determinada. Despontando como estrela da nova geração de atrizes e no elenco da próxima trama global das 7, Deus Salve o Rei, com estreia em 9 de janeiro, a jovem se orgulha de engatar seu quarto trabalho consecutivo na TV. Tudo isso com apenas três anos de carreira. “Tem dedicação, esforço, estudo e também uma dose de sorte. Não esperava que as coisas fossem acontecer tão rápido e nesta proporção. Está sendo incrível”, destaca ela, durante estada no Castelo de CARAS, em Portugal. Após viver a mocinha em Malhação e uma patricinha em Rock Story, Marina se prepara para dar vida à guerreira Selena. “É impor tante sair da zona de conforto, en carar desafios e buscar o que te faz feliz”, diz ela, que começou a estu - dar teatro aos 14 anos. Se os ventos sopram a favor na vida profissional, com o coração não é diferente. Namorando há quatro anos o empresário Daniel Nigri (40), a atriz faz da diferença de idade — ele tem 19 anos a mais que ela —, um ponto positivo. “Não tento ser mais velha e ele não tenta ser mais novo, é uma relação muito natural, que tem equilíbrio. A maturidade dele ajuda nisso”, frisa ela, sem se incomodar com julga - mentos. “Tento mostrar que é nor mal, não tenho de levantar bandei ra. Há relacionamentos bons e ruins, independentemente da idade das pessoas. Se estamos em paz, não há por que se afetar com isso.”
– Animada com o novo desafio em Deus Salve o Rei?
– Muito, pois é uma personagem diferente de tudo que eu já fiz. O nome dela é Selena, uma plebeia que trabalha na cozinha, mas acaba entrando para a academia militar, formada apenas por homens. Tem de provar ser tão boa quanto os meninos. É à frente de seu tempo, de cabeça livre.
– Quando virou artista?
– Quando criança, fazia todos cursos possíveis. Isso foi importante, pois me abriu o olhar para várias opções, como ser bailarina, ser musicista, ser atriz... não me fechei para nada. Aos 14, fiz um curso de teatro e me apaixonei. Fiz testes, recebi alguns nãos, mas certa hora as coisas começaram a andar.
– Como foi lidar com os ‘nãos’?
– Sempre tive consciência de que era iniciante. Fazer o teste já me deixava feliz. Isso me ajudava a relaxar e não me deixava triste caso não fosse aceita.
– Seu primeiro trabalho profissional foi aos 18. Isso te ajudou a amadurecer mais cedo?
– Tem isso, sim, mas, no meu caso, eu já tinha consciência do que eu estava fazendo. Sempre tive muito os pés no chão. Lógico que você cria novas responsabilidades e isso traz maturidade, mas foi tudo bem natural.
– Tem essência de menina?
– Sim. Levo tudo muito a sério, principalmente em relação ao trabalho, mas tenho uma mistura. É bom ter leveza diante da vida.
– Diferença de idade do namorado traz troca de experiências?
– Muito! É bacana porque a gente faz várias coisas juntos, mas também faz separados. Acho que é por isso que a gente se dá tão bem.
– Ele tem ciúmes?
– Daniel é tranquilo, ele me dá espaço e eu dou espaço para ele. Lógico que, quando se gosta da pessoa, existe aquele ciúme natural, mas nada que afete a vida profissional e a relação.
– Pensa em casar, ter filhos?
– Ainda não passa isso pela minha cabeça. Tudo acontece na hora certa e tomara que aconteça lá na frente, mas agora está legal do jeito que está. Planejo mais o presente, pois a gente não tem controle de tudo e pode criar frus - trações. Sou muito nova ainda. Ter um filho, por exemplo, não é algo fácil, é uma responsabilidade grande. É preciso estar bem resolvida em todos os sentidos.
– Como você é no dia a dia?
– Sou calma, tranquila e não bato boca com ninguém. Tento trabalhar isso em mim para ser um pouco diferente. Se deixar, fico nesse estado de calmaria, mas tirei habilitação faz pouco tempo e descobri que, no trânsi - to, sou estressada. É um lado meu que eu ainda não conhecia!
– O que te tira do sério?
– Ver o que está acontecendo com o País, políticos roubando, pessoas passando fome, são coisas que não tem como não se revoltar. Não dá para achar que está bem, sendo que o resto não está.