Após parto prematuro e longa internação, Bianca Castanho e Henry celebram a fé e a força de Cecília
Os cabelos loirinhos e os olhos azuis de Cecília (5 meses) já inspiraram o apelido de ‘mini-Bi’, tudo pela semelhança com a mãe, Bianca Castanho (33). Além da questão física, a extrema simpatia reforça isso. Foi o que O bebê demonstrou em seu batizado na Paróquia das Dores, em Santa Maria, RS, terra natal de seus pais, a atriz e o diretor executivo de marketing do Vasco da Gama Henry Canfield (34). Com charmoso vestido branco e faixa da mesma cor na cabeça, a menina deu risadas e brincou na cerimônia conduzida pelo padre Ayrton. “É uma carioquinha com alma gaúcha”, disse a estrela da Record, que apresenta a filha com exclusividade à CARAS. O fato de ver Cecília alegre e cheia de saúde acabou comovendo ainda mais os presentes. Nascida prematura, com sete meses e meio, pesando 1,850kg e com 42,5cm, ela precisou ficar na UTI 24 dias para ganhar peso. Isso aconteceu porque Bianca teve préeclâmpsia, doença que causa hipertensão e inchaço. Se não for diagnosticada a tempo, pode colocar em risco a vida da mãe e do bebê. “Ver esta guerreirinha sendo batizada emocionou. Foi a celebração da vida”, definiu Bianca, cercada pelos pais, Ligia (62) e Paulo (63), os sogros, Marta (63) e Jefferson (70), a avó Luiza (88), o irmão Diego (37) e o cunhado George (33) com a noiva, Juliana Cardoso (30). Os padrinhos de Cecília são Paula (35), irmã da atriz, que estava com o marido, Seco Mânica (36), e o filho, Gabriel (2), e Daniel (31), irmão de Henry.
– Por tudo o que viveram, o sacramento foi especial?
– Tenho religiosidade presente, principalmente por causa da minha mãe, supercatólica. Não vou frequentemente à igreja, mas sempre tive fé. E após o susto, o batizado acabou sendo também uma forma de agradecer por tudo ter terminado bem. Até vê-la em casa, firme e forte, foi uma agonia.
– Como descobriu a doença?
– Tive uma gravidez perfeita, com disposição, nada de enjoo, sono. De uma hora para outra, quando entrei no sétimo mês, comecei a inchar. Me diziam que era normal, mas fiquei com aquela pulga atrás da orelha. Voltei ao meu médico e descobri que estava com pressão alta. E a única cura é o parto, tirar a placenta, porque é uma reação do corpo. Foi um susto grande. Tentamos segurar duas semanas, controlando com remédio, mas vimos que o bebê começaria a sofrer, saí então do ultrassom direto para a maternidade. Quando comecei a me informar depois, vi que é algo muito sério, uma das maiores causas de mortalidade materna no País. Mas, graças a Deus, não aconteceu nada porque a gente detectou bem no início.
– Qual a maior dificuldade?
– A agonia de deixar o hospital sem ela. Não podia dormir. Me surpreendi comigo, tirei força não sei de onde. Ainda me recuperava da cesárea, inchada, com pressão alta, mas estava todo o tempo ao lado dela, das 10h às 22h. Saía à noite com o coração cortado, chorando, era muito sofrimento. Mas o fato de conviver com outras pessoas, ver a fé de todos, com problemas piores, me fortalecia.
– E como Cecília está agora?
– Ela ri o dia inteiro para todo o mundo. Adora uma farra. Até pensei que pudesse estranhar tanta gente aqui, mas adorou. É uma menina muito simpática.
– Fisicamente, puxou a quem?
– Todo o mundo diz que é a minha cara, o rosto redondinho, o nariz, a boca, a cor da pele. Mas o olho puxadinho acho que é do pai, tinha que ter algo dele. (risos)
– E a personalidade?
– É decidida desde que nasceu. Na incubadora, quando a botavam de costas, queria se virar de qualquer jeito, também arrancava o sorinho. As enfermeiras brincavam: ‘Essa vai dar trabalho’.
– E como está Henry?
– Ele é babão, muito presente. Troca fralda, dá banho. Queríamos muito um filho. A chegada de um bebê transforma totalmente a vida do casal. Mas muda para melhor