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Big Brother / OPINIÃO MÉDICA

Especialistas acendem alerta sobre saúde mental de Leidy Elin após eliminação com rejeição

A CARAS Brasil conversou com dois especialistas em saúde mental que esclareceram qual o impacto que a rejeição no BBB pode trazer para Leidy Elin

Felipe França
por Felipe França
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Publicado em 29/03/2024, às 11h58 - Atualizado às 13h26

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Leidy Elin foi eliminada com recorde de rejeição da edição - Globo/Fábio Rocha
Leidy Elin foi eliminada com recorde de rejeição da edição - Globo/Fábio Rocha

Na última terça-feira, 26, Leidy Elin (26) foi a décima quarta eliminada do BBB 24. A trancista não agradou o público e saiu com 88,33% dos votos, recorde de rejeição desta edição. O jogo na casa mais vigiada do Brasil acabou para ela, mas agora se inicia uma nova trajetória. Apesar disso, fica a dúvida: a eliminação com alta rejeição pode impactar na saúde mental de Leidy?

Em entrevista à CARAS Brasil, o psicanalista Artur Costa, professor Sênior da Associação Brasileira de Psicanálise Clínica e a neuropsicóloga Marcella Bianca, CEO do Instituto do Cérebro Marcella Bianca, esclarecem quais são os impactos na saúde mental dos participantes essa alta rejeição do público. 

"O trauma emocional: Ser alvo de ataques nas redes sociais e receber altos percentuais de eliminação pode causar feridas emocionais profundas, levando a sentimentos de inadequação, depressão e até mesmo ansiedade. A segunda é a autoestima afetada: A rejeição pública pode abalar a autoestima dos ex-participantes, levando a dúvidas sobre a si mesmos e impactando a sua confiança", declara Marcella.

A Dra. Marcella recomenda que nesses momentos iniciais, o importante é priorizar o autocuidado: "Manter o apoio de amigos e familiares que oferecem suporte emocional e compreensão podem ser reconfortantes e auxiliar na superação da rejeição".

"Considerar o processo psicoterápico para processar as informações e os traumas decorrentes da rejeição do público, limitar a exposição, reduzir a exposição às críticas e comentários negativos nas redes sociais pode ajudar a preservar a saúde mental e a promover um ambiente mais positivo", declara Marcella.

De acordo com o psicinalista Artur Costa, o autoconhecimento também ajuda a passar por esse momento: "A melhor forma de lidar com a rejeição do público é com o fortalecimento da autognose [apreciação de sí próprio], quanto mais se sabe sobre quem nos somos, menos nos importamos com o que os outros acham". 

"É inato ao ser humano a necessidade de aceitação em seu meio social desde a primeira infância, temos em nosso insconsciente coletivo a informação herdada de nossos ancestrais que quando éramos banidos de um grupo ou tribo a chance de sobrevivência seria brutalmente diminuída", avalia.

Artur também reforça a importância de procurar ajuda de um especialista para lidar com a rejeição: "Só um profissional especializado na mente humana poderá mergulhar nas reais causas que dispararam essa dor para que de forma técnica possa trazer alívio e cura a sua angústia", complementa. 

Não está fácil

Após sua eliminação, Leidy concedeu entrevista ao Mesacast BBB. Durante a atração, a trancista falou sobre os ataques raciais que tem sofrido nas redes sociais e aproveitou para fazer um apelo ao público: "Julga o jogo, não a pessoa. Lá dentro é totalmente diferente".

"Eu sou forte, o BBB me deixou mais forte ainda. Eu sabia que isso ia acontecer, eu sendo ganhadora ou não. Racismo é estrutural e está aí o tempo inteiro. Eu sou preta, favelada, trancista. Eu sofro racismo a minha vida inteira", declarou.