Em entrevista à CARAS Brasil, os especialistas Gustavo Patriani e Paula Frederichi falaram sobre importância de casos de lipedema sejam acompanhados por profissionais
O confinamento no BBB 24 não tem sido nada fácil para Yasmin Brunet. Depois de enfrentar uma compulsão alimentar, a modelo tem notado uma certa dificuldade para controlar seu tratamento contra lipedema, o que tem provocado certos inchaços pelo corpo.
A condição se trata de um quadro acúmulo anormal de gordura nas camadas mais profundas do tecido adiposo, que acaba gerando uma inflamação crônica que causa dores nas pernas. Apesar da maioria dos diagnósticos ficarem com as mulheres, o problema também pode atingir os homens.
Em conversa com a CARAS Brasil, os médicos Gustavo Patriani e Paula Frederichi comentaram sobre o caso enfrentado por Yasmin no reality e garantiram que a situações do tipo precisam ter o acompanhamento de um especialista e uma dieta específica.
"A nutrição é um dos principais pilares no tratamento conservador, principalmente pelas dietas convencionais não serem efetivas para a redução dessa gordura que é diferente e mais resistente. A busca por resultados rápidos faz com que a redução de calorias de forma errada e agressiva esteja presente na sociedade, o que dificulta ainda mais o tratamento do lipedema", disse Gustavo.
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Em meio ao momento de alta exposição, Yasmin chegou a desabafar para Wanessa sobre o fato de estar se sentindo desconfortável dentro do programa. "Nunca me senti tão desconfortável dentro do meu próprio corpo", disse ela, ao notar os sintomas de sua condição aparecendo.
As áreas comuns de manifestação do lipedema são pernas, coxas, quadris e braços, revelam a extensão do impacto do lipedema. Notavelmente, a condição tende a poupar os pés, criando uma linha distintiva de demarcação que muitas vezes passa despercebida. “As últimas atualizações científicas evidenciam que a nutrição adequada alinhada ao estilo de vida saudável são eficientes para reduzir a dor, inflamação e a gordura do lipedema", diz o nutricionista.
Paula Frederichi, que também é fundadora da ABRALI (Associação Brasileira de pacientes com Lipedema), reforça a importância da desmistificação da doença, que muitas vezes é divulgada apenas como algo exclusivo em mulheres.
“Apresentamos casos e estudos que demonstram que homens também podem ser afetados, embora com menor frequência. A conscientização sobre a presença do lipedema em ambos os sexos é crucial para uma compreensão mais completa da condição. É muito importante o diagnóstico precoce para fazer um tratamento adequado", afirma.