As varizes não são apenas feias esteticamente. Ela é uma doença crônica que pode piorar progressivamente e causar inchaço, dor e cansaço. Médico conta mais detalhes sobre elas
Os dias quentes dominaram o Brasil inteiro e todas as mulheres querem usar agora saias, vestidos e roupas em que as pernas ficam à mostra. Porém, um problema muito comum no sexo feminino faz com que muitas tenham vergonha de seus corpos: as varizes.
O pior é que elas não são apenas "feias", um fator exclusivamente estético. As varizes são veias dilatadas, alongadas e tortuosas, que podem causar inchaço, dor, cansaço e sensação de peso nas pernas, parte do corpo normalmente mais afetada. Ela é, na verdade, uma doença crônica que piora progressivamente. “Se não for tratada, pode causar diversas complicações, como úlceras venosas (feridas) e insuficiência venosa crônica, caracterizada pela incapacidade das veias das pernas bombearem um volume suficiente de sangue de volta ao coração”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), Doutor Julio César Peclat de Oliveira.
Em casos mais leves, creme e pomadas específicos ajudam a diminuir a dor e o mal- estar. Já em situações mais graves, o mais indicado atualmente é um tratamento que une 3 tecnologias, chamado CLACS.
Nele, são combinados um resfriamento de pele, a aplicação de um laser transdérmico e depois a escleroterapia química. Ele é indicado para tratar desde casos mais severos, com risco de feridas, até aqueles vasinhos mais finos e superficiais, chamados telangiectasias, e pode ser aplicado em todo o corpo, até na face.
"O sangue que circula pelo nosso corpo volta para o coração através das veias, que possuem válvulas para ajudá-lo a fluir de baixo para cima, contra o efeito da gravidade. Quando essas válvulas não funcionam corretamente, o sangue retorna e se acumula nas veias das pernas, fazendo com que fiquem sobrecarregadas e dilatem. O cuidado coma s varizes devem começar o mais cedo possível, antes que os sinais de gravidade surjam e comprometam o resultado do tratamento. Estima-se que 70% da população brasileira sofram com algum grau do problema e a maior incidência é no sexo feminino, por isso, precisamos estar sempre atentos", afirma Peclat.