O ginecologista explica o procedimento realizado pela modelo e apresentadora Karina Bacchi
Aos 40 anos, Karina Bacchi confirmou que está esperando o seu primeiro filho. Ela realizou uma fertilização in vitro por meio de um doador internacional. O ginecologista Isaac Yadid explica como funciona. "Os primeiros congelamentos de óvulos e embriões foram feitos no intuito de preservar a fertilidade de mulheres que iriam se submeter a um tratamento que pudesse prejudicar a saúde de seus óvulos, como quimio e radioterapia".
Ele explica que a partir dos 35 anos de idade, a gravidez torna-se mais difícil. "Ao nascer, a mulher possui cerca de um a dois milhões de óvulos, e não produz durante toda a vida. Quando chega aos 37 anos, esse número cai para 25 mil óvulos; aos 51 anos, apenas mil. Podemos dizer que até os 32 anos a mulher tem cerca de 50% a 60% de chances de engravidar. Aos 37, as chances caem para algo em torno dos 30%; aos 39, 25%; com 40, 15%; e 43, apenas 5%”".
Segundo ele, o congelamento de óvulos pode ser feito em qualquer mulher que pense em alongar seu período reprodutivo. "Na fertilização in vitro, a carga de hormônios a que a paciente é submetida é maior do que na inseminação artificial, para que sejam aspirados em média de 8 a 15 óvulos, e então eles sejam fertilizados. Podemos assegurar a qualidade do óvulo e do embrião. É um método mais seguro, com maior chance de sucesso", explica.
Isaac afirma que após a fertilização, existem mulheres que ficam grávidas na primeira tentativa, outras na décima. "Estatisticamente, entre a terceira e quarta tentativa, a paciente consegue. Caso não aconteça a gravidez, é necessário avaliar o ovário e as condições. Normalmente, o intervalo de um mês é suficiente. Porém, em alguns casos, pode ser um pouco mais. Por exemplo, a mulher com hiperestímulo deve esperar de 2 a 3 meses", conclui.