Em entrevista à CARAS Brasil, Paloma Bernardi compartilhou como foi encarnar uma vilã novamente
Paloma Bernardi (38), conhecida por estrelar diversos papéis na televisão brasileira, volta para as telonas com o filme Ninguém é de Ninguém. Em entrevista à CARAS Brasil, a atriz compartilhou como foi encarnar uma vilã novamente e ainda revelou que já passou por situações tóxicas na vida pessoal, revividas na trama do longa.
"Já passei, sim, por situações tóxicas. Mas quanto mais a gente encontra um ponto de equilíbrio com nós mesmos e entendemos nossas escolhas, mais a gente tem força e coragem para impor um limite e dizer: 'a partir daqui, não'. Isso é algo que tem que ser trabalhado sempre: o amor próprio e o autoconhecimento. Tudo isso é essencial para você ter coragem ao impor limites e não se permitir cair em lugares como esse, nem sendo abusivo, mesmo que nos mínimos detalhes do dia, nem se permitir ser abusado. Viver uma relação tóxica, seja onde for, é algo extremamente desconfortável que vai destruindo nossa vida de pouquinho a pouquinho, até chegar em potências máximas, que é o lugar onde a gente analisa no filme", compartilhou Paloma Bernardi.
A atriz de Ninguém é de Ninguém ainda declarou que viver a personagem no longa foi uma tarefa desafiadora. "Foi um grande desafio dar vida a uma personagem tão atual como a Gioconda. Ela é uma mulher que está em evidência com muitas questões perigosas em seu relacionamento. O ciúmes excessivo e a insegurança vividos por ela, só mostram o quanto a nossa mente é a maior inimiga. Acho muito importante o lugar social que esse filme se encontra, é uma forma de abrir o debate para assuntos sérios e por vezes, ocultos em nossa sociedade", contou.
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Paloma Bernardi já tinha interpretado vilãs anteriormente, e revelou que encontrou muitas características em comum entre suas personagens: "Acho que as vilãs que caíram nas minhas mãos e me confiaram para interpretar são vilãs de muita humanidade em relação à fraqueza mental, à fraqueza emocional, traumas de infância, traumas no decorrer da vida. Claro, não que isso justifique o fato dessas personagens serem más, mas isso as humaniza. Eu acredito que as melhores vilãs que temos na teledramaturgia e no cinema são vilãs que abordam esse lado, são vilãs que têm um porquê. Elas não simplesmente possuem um coração frio e calculista e é isso, elas de fato, infelizmente, foram machucadas no passado. Foi assim com Samara de "Terra Prometida" e agora com Gioconda em "Ninguém É de Ninguém". Essas personagens são todas vilãs que fazem atrocidades e que tomam atitudes extremamente mortais por conta de terem sido psicologicamente abaladas".