Em entrevista à CARAS Brasil, o maquiador Raphael Furlan falou sobre a amizade e trabalho com Walewska
Publicado em 10/10/2023, às 17h00 - Atualizado em 11/10/2023, às 16h00
"Ela é só alegria. Não tinha tempo ruim para ela". É assim que o maquiador Raphael Furlan define Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos em São Paulo. Em entrevista à CARAS Brasil, o artista conta que esteve na casa da atleta no dia de sua morte, ao lado de seu companheiro Júnior Castro.
"Estávamos com Walewska no dia 21 de setembro", começa. "Ela estava linda, toda de branco, falando sobre como seria corrida a próxima semana [...] Terminamos a beleza, e quando fui sair, ela me chamou e me deu um abraço, um tanto quanto demorado. Dei um beijo nela e falei: 'Até semana que vem'."
Raphael conta que a amiga estava empolgada com palestras e compromissos, e que durante o tempo dos dois na casa da atleta, eles conversaram sobre a situação do Brasil no vôlei feminino no pré-olímpico e também sobre o aniversário de seu irmão e da mãe de Júnior, que eram no dia.
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Os dois deixaram o apartamento de Walewska por volta das 13h daquele dia, e, de acordo com Raphael, ela disse que ficaria em casa para trabalhar e fazer algumas ligações. O maquiador conta que soube da morte da atleta através de um portal de notícias sobre vôlei.
"Comecei a gritar desesperado em casa, mandei mensagem para a Wal. Quando foi entregue, eu fiquei mais aliviado. Porém, obviamente nunca obtive resposta. Depois de algum tempo, entrei em contato com a agente dela, que me confirmou a fatídica notícia. Não dormimos aquela noite. Foi horrível."
Raphael conta que não tem contato com nenhum familiar da atleta, e que ela não costumava falar sobre a relação com o marido, Ricardo Mendes. "O pouco que ela falava, era sempre coisa boa. Tipo que ele a estava esperando para jantar, que eles iriam a algum lugar. Nunca falou nada de diferente."
Ele e seu companheiro trabalhavam juntos fazendo cabelo e maquiagem da atleta —Júnior assinou a direção artística do livro de Walewska, Outras Redes. Raphael relembra que já era fã da jogadora quando a conheceu, e que se emocionou ao encontrá-la pessoalmente.
Hoje, o maquiador diz que ainda não consegue acreditar no que aconteceu. "Eu não consigo nem falar dela no passado. Para mim ela ainda é! Sou fã da atleta Wal, desde sempre. Vibrei tanto lá em 2008 com ela. Nunca pensei em ser a última visita que ela receberia. Eu penso nela todo santo dia."
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