Pedro Paulo Rangel fez seu último trabalho na Globo em 2013 e estava em cartaz com monólogo
O ator Pedro Paulo Rangelmorreu na madrugada desta quarta-feira, 21, aos 74 anos e deixou um legado de 54 anos de carreira, com grandes trabalhos nos cinemas, teatros e televisão. Longe das novelas da Globo desde 2012, quando fez a Amor Eterno Amor, o também autor gravou a minissérie Independências em agosto deste ano, para a Cultura.
Seu primeiro trabalho aconteceu no ano de 1968, no teatro. Ele fez a peça Roda Viva, de Chico Buarque. Apenas dois anos depois, ele estreava na televisão, na extinta TV Tupi de São Paulo, na novela Super Plá. O artista chegou à rede Globo, emissora em que se consagrou um ator de sucesso, no ano de 1972, atuando na novela Bicho do Mato.
Rangel seguiu na emissora por muitos anos e fez grandes clássicos como Gabriela, Saramandaia, Vale Tudo, A Indomada, Belíssima, Pedra sobre Pedra, O Pulo do Gato, TV Pirata, O Primo Basílio e O Cravo e a Rosa. Apesar de sua última novela ter sido gravada em 2012, ele se despediu da Globo no ano seguinte, quando fez a série Dentista Mascarado, protagonizada por Marcelo Adnet.
Ele já contracenou com grandes nomes da teledramaturgia brasileira como Adriana Esteves, Marisa Orth, Andrea Beltrão, Drica Morais e Selton Mello. Além do trabalho na Cultura, ele estava em cartaz com o monólogo O Ator e o Lobo, escrito e dirigido pelo artista para comemorar os 50 anos de carreira, completados no ano de 2019.
As apresentações precisaram ser interrompidas em novembro deste ano, devido à internação do artista, para tratar uma descompensação do quadro de enfisema pulmonar. O ator lutava contra a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que é conhecida como DPOC. Ele chegou a ser entubado nos últimos dias de vida. Por enquanto, a causa da morte não foi divulgada.
Poucos meses antes de sua morte, Rangel precisou desmentir boatos sobre sua saúde. Ele foi alvo de comentários alegando que não conseguia mais trabalhar, mas esclareceu a situação em entrevista à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo. "Tenho uma doença crônica, DPOC, causada pelo cigarro. Isso não me impede de trabalhar. Tomo remédios, tenho uma rotina. Faço fisioterapia."