A atriz Maria Carol Rebello, irmã de João Rebello, falou sobre a partida precoce do ex-ator mirim, que foi morto por engano em outubro na Bahia
Publicado em 08/04/2025, às 10h45
A atriz Maria Carol Rebello, irmã de João Rebello, foi convidada para voltar às novelas, depois de dez anos afastada, no mesmo dia do assassinato do irmão, em 24 de outubro de 2024. Desde então, ela tem equilibrado a expectativa de integrar o elenco da próxima novela das seis, Êta Mundo Melhor!, com a dor e a saudade pela perda de "seu melhor amigo".
“Estou em um momento da minha vida em que recebo esse trabalho em ‘Êta Mundo Melhor’ como um presente, uma forma de continuar a engrenagem da vida, esse mistério absurdo. Recebi o convite para participar da novela na manhã do dia da morte do meu irmão e, à noite, aconteceu a tragédia", analisou a atriz em entrevista a Heloisa Tolipan.
"O luto é um processo muito pessoal e leva tempo. Ainda é algo recente para mim. Meu irmão não era apenas um irmão; ele era meu melhor amigo e a pessoa por quem eu tinha — e tenho — a maior admiração. Passar por esse processo tem sido muito difícil, um tempo marcado por muita saudade. Há dias particularmente desafiadores, mas não tenho problemas em falar sobre o assunto. Pelo contrário, quero falar quantas vezes for necessário sobre o equívoco terrível que levou a vida dele", complementou.
Para Maria Carol Rebello, que também perdeu o tio, o diretor Jorge Fernando, em 2019, o luto se tornou um desafio enfrentado dia após dia. "A revolta é grande e a saudade, imensa. Além disso, algumas coincidências me fazem refletir, como o fato de ter recebido essa oportunidade profissional no mesmo dia da tragédia. Tento encarar tudo isso, assim como os momentos bons que ainda posso viver – uma risada com amigos, um lugar agradável, a companhia de alguém especial – como presentes. A vida é um mistério, e devemos vivê-la e aproveitá-la da melhor forma possível".
No dia 24 de outubro, o ex-ator mirim João Rebello, de 45 anos, estava em seu carro quando foi atingido por disparos. O crime aconteceu em Trancoso, na Bahia, onde ele residia há alguns meses.
Testemunhas informaram à polícia local que dois homens em uma moto se aproximaram do veículo de João e atiraram à queima-roupa. As investigações apontaram que o homicídio foi um engano.
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