Giselle Itié relembrou o seu período de gestação e desabafou sobre a dificuldade de ter relações íntimas com seu parceiro
Giselle Itié foi a convidada do podcast Exautas e relembrou o seu período de gravidez. A gestação foi fruto de um flashback com o ex e eles decidiram reatar o relacionamento, porém não deu certo. A famosa contou que o parceiro sentia nojo de seu corpo. "Eu falei, já que veio de um flashback vamos voltar, né? Vamos tentar fazer acontecer. E a gente tentou, mas ele sentiu muito nojo do meu corpo, ele falou isso, sentia nojo de algum cheiro que exalava", disse ela.
Por outro lado, Giselle teve muito desejo sexual nessa fase. "Ele realmente não chegou perto de mim. Só que teve um outro que chegou perto. E foi aí, grávida, que tive meu primeiro squirt (ejaculação feminina)".
A artista ainda ironizou o medo que muitos homens sentem de estourar a bolsa amniótica durante a relação. "Fui uma grávida, acredito que como todas nós, muito tesuda. Tem pais que têm medo que vai estourar a bolsa. Gente, só se o cara tiver um p** com mais que 25 centímetros e um bisturi na ponta", brincou.
Por fim, Giselle aconselhou os casais a terem mais relações sexuais e desabafou sobre o seu momento solteira. "Ela querendo, por favor, faça o serviço. Eu realmente me sinto muito culpada de não transar. Eu queria transar mais", concluiu.
Giselle Itié foi a convidada do podcast Exautas e fez um relato tocante sobre sua adolescência. Primeiro, a atriz comentou sobre as mudanças que notou ao sair da infância. "Sempre fui uma criança que não cabia na caixinha do padrão de beleza posta pela sociedade. Era desengonçada, usava aparelho, não era vista como uma criança bonita. Não mesmo. Só que quando comecei entrar na adolescência, meu corpo se transformou, e muito. Minha vida se transformou", disse ela.
Em seguida, a famosa não segurou o choro ao continuar o seu relato. "A forma como meninos e homens me olhavam e me tratavam era nojenta. Foi nesse momento que eu comecei a entender que meu corpo não era mais meu. Era um espaço público invadido por olhares lascivos, gemidos, toques, mãozadas e por aí vai. Sinceramente, eu não consigo falar detalhadamente de cada situação porque a sensação do meu corpo ser nojento vem. Eu sentia medo, muito medo. Desde menina, eu comecei a ter um pesadelo recorrente que foi até os meus 18 anos. Eu no meio de uma floresta à noite e sempre fugindo de um homem, de dois, de três. Homens que eu conhecia, da família. Muitas vezes eu não dormia porque tinha medo de ser pega no meu sonho", disse ela, chorando.
Itié contou que tudo ficou ainda mais complicado quando ela perdeu a virgindade aos 17 anos, em um estupro, e quando seu namorado tirou a própria vida. "Para ajudar, meu primeiro namorado se suicidou. Foi aí que eu comecei a questionar o meu lugar na vida. Quanto mais eu me tornava mulher, mais objetificada eu me tornava, o vácuo foi crescendo e eu comecei a me machucar de verdade. A me cortar. Até que eu tentei tirar a minha vida. As várias situações que me atravessavam só confirmavam o quanto meu corpo era nojento, meu corpo era culpado. Com 17 anos de idade, eu perdi minha virgindade em um estupro. Foi nesse momento que eu me perdi de vez e compreendi o quanto eu era oca. Eu só fazia me castigar como se eu fosse culpada. E foi no silêncio que meu corpo gritava e pedia socorro. Passei a ter uma depressão profunda, bulimia, anorexia nervosa, eu me cortava e tudo que eu queria era desaparecer de vez", relembrou.
Por fim, Giselle admitiu que esta é a primeira vez que fala do assunto. "É a primeira vez que eu falo, juro. Foi a primeira vez que eu falei: 'Eu preciso'. Porque isso foi vindo de cortar, acho que minha mãe nem sabe. É importante a gente falar porque falar cura. E eu sei que as mulheres e meninas que estão nos escutando vão se curar também. Vão sentir a necessidade de falar, se conectar e nomear".
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