Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso comemoram condenação de mulher que foi racista com seus filhos em Portugal
A apresentadora Giovanna Ewbank e o ator Bruno Gagliasso se pronunciaram sobre o resultado do processo contra o racismo que seus filhos sofreram em Portugal há dois anos. Nesta sexta-feira, 15, o jornal Público divulgou que a Justiça de Portugal condenou a mulher acusada a oito meses de prisão por injúria contra os filhos dos famosos brasileiros. A mulher vai cumprir a pena em liberdade, mas não pode ser acusada pelo mesmo crime nos próximos quatro anos.
Para quem não lembra, a mulher, identificada como Adélia, foi flagrada por Ewbank e Gagliasso enquanto usava palavras preconceituosas para falar sobre os filhos deles e outras pessoas pretas em uma praia. A justiça determinou a pena contra a mulher e também uma indenização de 14 mil euros por danos morais e o pagamento de 2500 euros para a associação SOS Racismo, além de internação para tratar o alcoolismo.
Depois da repercussão do resultado do processo, Ewbank compartilhou uma mensagem dela e do marido sobre a condenação contra o racismo. "Há quase três meses a gente celebrava uma vitória contra o racismo no Brasil. E, hoje, direto de Salvador, neste mês que nos pede consciência para que lembremos da herança escravocrata que herdamos, a gente volta para propagar mais uma vitória contra o racismo, desta vez em Portugal. Assim como já dissemos, mas precisamos repetir: sabemos que essa vitória acontece por termos visibilidade e por sermos brancos. Sabemos que somos mais ouvidos que quaisquer mãe ou pai negros que ainda são silenciados. Sabemos. E não podemos parar – principalmente se o nosso privilégio fizer diferença numa luta. É esse o nosso papel, é esse o papel da branquitude", escreveram.
E continuaram: "Como todos sabem, no dia 30 de julho de 2022 nossos filhos e uma família de turistas angolanos foram vítimas de racismo quando estávamos de férias da Costa da Caparica. Sim, o racismo não dá férias, mas hoje parece dar uma trégua com mais uma condenação histórica. Esta é a primeira vez que a lei portuguesa condena uma pessoa em consequência do racismo. A mulher que agrediu nossos filhos – que são crianças – foi condenada a oito meses de prisão. Logo, estamos muito confiantes na Justiça Portuguesa e somos também gratos aos nossos advogados portugueses Rui Patrício e Catarina Mourão que sempre nos fizeram acreditar que a justiça seria feita. MAIS UMA VEZ estamos emocionados, MAIS UMA VEZ agradecemos a comoção pública e a imprensa brasileira e de nossos amigos portugueses. E MAIS UMA VEZ devemos dizer que precisamos seguir vigilantes pois o racismo SEGUE, segue diminuindo, ferindo, matando. E não podemos esmorecer diante dele".
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