Davi e MC Bin Laden quase se agridem durante briga e produção do BBB 24 precisa intervir. A CARAS Brasil conversou com o psicólogo Alexander Bez, que analisou o caso
Davi Brito (21) e MC Bin Laden (30) protagonizaram, na madrugada desta terça-feira, 26, após o Sincerão, uma das brigas mais pesadas da história do BBB 24. Os ânimos dos dois participantes ficaram tão exaltados que a produção precisou intervir. O Big Boss falou, com tom de voz irritado: “Atenção! Acabou, parou, acabou. Passaram do ponto". Enquanto isso, o público pedia a expulsão dos brothers do reality show. A CARAS Brasil conversou com o psicólogo Alexander Bez para saber o que pode ter provocado tamanha ira dos participantes. "Estamos diante de um colapso total", afirma.
A briga entre o motorista de aplicativo e o funkeiro saiu do controle e quase terminou em agressão. Nas redes sociais, internautas pediram a desclassificação dos dois e até subiram a hashtag 'Davi expulso', no X (antigo Twitter). Porém, um vídeo que está circulando bastante na web mostra que Bin foi quem começou a discussão. O baiano entrou no meio para defender MatteusAmaral (27) e Alane Dias (25).
Segundo Bez, em situações de confronto generalizado que demandam intervenção e corte de comunicação, psicologicamente, estamos diante de um colapso total, o ápice em uma escala de controle. "Isso sugere que todas as restrições para conter impulsos agressivos se dissiparam, resultando em "ações psicóticas isoladas", mesmo que nem todos os envolvidos se enquadrem nesse perfil, ou mesmo nenhum deles. Nesse caso, testemunhamos uma manifestação psicótica coletiva", explica.
É crucial determinar quem iniciou a violência, pois essa pessoa pode ter influência para desencadear o conflito, de acordo com o especialista. "Quando uma disputa generalizada surge de um ou dois desentendimentos que serviram de gatilho, isso, psicologicamente falando, em um reality show, indica uma "falência vivencial". É importante ressaltar que nessa competição, o conceito de amizade muitas vezes é substituído por alianças estratégicas motivadas pela conveniência", ressalta.
A perda de identidade nessas alianças é um sinal de "falência grupal", aponta Bez. "Já que, embora não sejam totalmente leais, essas associações internas são cruciais para manter a dinâmica do programa. Quando ocorre uma manifestação psicótica ativa como essa, fica evidente que não há mais união estável entre os participantes, podendo se repetir. Por isso, é considerado um colapso total", fala.
"Sem limites para as frustrações e sem tolerância, esses eventos revelam ações impulsivas e agressivas, mesmo na ausência de transtornos mentais. A falta de controle se soma à vulnerabilidade emocional, culminando em um ponto de ebulição que é o colapso total", continua o psicólogo.
A segurança pessoal de cada indivíduo já está comprometida, e qualquer estímulo negativo, ainda segundo o especialista, pode desencadear novos conflitos. "Nessa análise, observo uma deficiência na capacidade de conter impulsos, resultando nessa instabilidade agressiva, que contrasta com as expectativas. É importante lembrar que os realities shows têm um impacto significativo na população, podendo influenciar diretamente os fãs, especialmente aqueles com tendências agressivas que encontram nos programas um modelo para suas próprias atitudes", finaliza.