Loiríssimo, Paulo Ricardo se diverte ao gravar novo clipe do RPM. ‘Sempre quisemos usar efeitos baratos e referência psicodélica’
O clima descontraído reinou na gravação do novo clipe do RPM, Vidro e Cola (Linda). Paulo Ricardo (50), Luiz Schiavon (54), Paulo PA Pagni (54) e Fernando Deluqui (50) não continham as risadas ao desfilarem pelo estúdio com as roupas brilhantes, estampas geométricas, calças boca de sino, bigodes postiços e topetes. “A ideia é fazermos uma grande homenagem aos primórdios do videoclipe - os toscos mesmo, que é o que nós víamos na nossa adolescência – incorporar nossos ídolos daquela fase fantástica do rock and roll e decidimos brincar com o figurino da época, que é muito rico, interessante”, contou Paulo Ricardo à CARAS Online nesta quarta-feira, 6.
“Fomos num brechó incrível para fazer as caracterizações e foi como uma espécie de Disneylândia, a gente estava se sentindo criança ali, experimentando as coisas, colocando e tirando chapéu, experimentando bandana, tapa olho. Foi um exercício lúdico que nos deu muito prazer”, disse ele, que inclusive clareou o cabelo para a ocasião. “É um mergulho no personagem, para refletir a estética dos anos 70 em diversos aspectos, dar autenticidade ao clipe”, destacou.
Já devidamente caracterizados e maquiados, os músicos realizaram sua performances da música várias vezes, dirigidos por Paulo Trevisan (57). “Eu sou fã da música do RPM e agora estou tendo a honra de fazer um clipe que, mais uma vez, vai entrar para a história do rock nacional”, celebrou o diretor, que já trabalhou com a banda na década de 80, no Fantástico. “Hoje eles gravam em frente do chroma key, a tela verde, e quando formos editar vamos adicionar diversos efeitos visuais de computação gráfica”, adiantou.
“Isso é uma coisa que a gente sempre quis fazer: um clipe com efeitos baratos e referências psicodélicas”, revelou Paulo Ricardo, com o aval de seus companheiros de banda. “Depois de 30 anos de carreira a gente tem uma tranquilidade e conforto de falar: pô, se quando eu era moleque eu fazia o que eu queria, por que hoje com 50 eu não vou fazer?!”, complementou Luiz Schiavon.
“Estamos trabalhando no limiar do ridículo, pode ficar ridículo ou sensacional. A gente espera que a gente possa divertir as pessoas da mesma forma que a gente está se divertindo”, concluiu Paulo Ricardo, ao citar que Vidro Cola (Linda) é uma versão rock da canção homônima do CD Elektra, que estará num documentário da banda a ser lançado neste ano.