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Anne Hathaway trilha caminho rumo ao Olimpo de Hollywood

Às vésperas da festa do Oscar, a carismática estrela Anne Hathaway é aplaudida no 63º festival de cinema de Berlim com o musical 'Os Miseráveis'

Redação Publicado em 19/02/2013, às 14h33 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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- - Reuters
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Em 2001, aos 19 anos e às vésperas de estrear no cinema e viver sua primeira protagonista no filme O Diário da Princesa, Anne Hathaway (30) encantava a todos pela simplicidade, frescor e até certa inocência. “Estrela, eu? Não, não acho que eu seja. Mas é muito bom ter uma carreira de atriz. Quem poderia imaginar, afi nal, eu sou apenas uma simples garota de Nova Jersey”, afi rmou ela, na época. Hoje, em ritmo de contagem regressiva para a entrega do 85 Oscar, ao qual con corre como Melhor Atriz Coadjuvante pelo musical Os Miseráveis, a talentosa atriz revela a mesma simpatia e entusiasmo pelo ofício do início da carreira. “O que acontecer, tudo bem. Não será a pior coisa se eu não vencer. Eu realmente acredito que fazer essa personagem, atuar com esse elenco e ter essa oportunidade foi a mais sublime das experiências. Eu não sei como tive tanta sorte”, exaltou ela, que nesta temporada de grandes premiações já arrebatou o Globo de Ouro, o SAG Awards e o Bafta, considerado o Oscar britânico. “Já que este ano eu tive a sorte de receber esses troféus, tenho meio que uma fantasia de fazer uma bancada de ferramentas e deixá-los lá na minha garagem, em um espaço aberto. Mas por enquanto vou continuar guardando-os na minha cozinha”, entregou ela, entre risos.

De fashionista em O Diabo Veste Prada à Mulher-Gato de BatmanO Cavaleiro das Trevas Ressurge — sem falar nas muitas boas moças apaixonadas e apaixonantes —, Anne já viveu um pouco de tudo no cinema, mas conquistou de vez a crítica e os fãs com a impecável performance como a sofrida Fantine no filme baseado no clássico romance francês do século XIX de Victor Hugo (1802-1885). Nele a estrela solta a voz e mergulha fundo nas cenas dramáticas. Sua dedicação gerou frisson antes mesmo do longa chegar às telonas, já que para fazer bonito no papel, Anne perdeu cerca de 11 quilos com uma rigorosa dieta à base de mingau de aveia. “Olhando para trás, toda a experiência — e não a julgo de qualquer maneira — foi definitivamente um pouco louca. Foi uma ruptura com a realidade, mas eu acho que essa é a Fantine”, avaliou Anne. “Eu vejo o tipo de trabalho que pessoas como Meryl Streep, Kate Winslet e Cate Blanch ett fazem e eu também quero fazer. Mas não acho que sou tão talentosa como elas. Então, a única coisa que posso controlar é o quão duro eu trabalho nisso”, acrescentou a estrela, citando atrizes consagradas das quais é admiradora.

Recentemente, Anne viajou à Alemanha para participar da première de Os Miseráveis na 63a edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, um dos mais emblemáticos e tradicionais eventos da sétima arte. Acompanhada dos colegas de elenco Amanda Seyfried (27) e Hugh Jackman (44), a musa de pele alva e expressivos olhos castanhos foi a sensação da noite, ganhando aplausos extras no red carpet do Friedrichstadt-Palast. Figurinha fácil nas listas das mais bem vestidas em Hollywood, a atriz escolheu para a ocasião um míni marinho de chiffon Chanel Couture com linhas horizontais adornadas por pedrarias, decote nas costas e longa cauda esvoaçante. “Acredito que a moda pode ser muito divertida. Eu amo roupas, mas reconheço que isso deve ser apenas um hobby. Algumas peças mais baseadas no design fi cam melhores em mulheres com silhuetas diferentes; é a natureza do design”, observou a queridinha de ícones como Valentino (80), Giorgio Armani (78) e Karl Lagerfeld (79).

Suas madeixas curtíssimas e desfiadas — outra herança do recente papel — também ganharam elogios. “Adoro esse estilo de vida de quem tem cabelo curto. É ótimo, agora eu posso sair para correr e quase ir direto para uma entrevista, lavo o cabelo rapidinho e ele logo seca. O ruim é retocar o corte a cada três semanas”, comentou ela. “Fiz 30 anos, espero que isso não soe esnobe, mas eu me sinto mais bonita, mais eu mesma. Acho que agora eu me satisfaço mais com muito menos”, acrescentou a beldade.

Em sua melhor fase profi ssional, Anne desfruta também de realização pessoal e não cansa de declarar-se ao amado, o ator e designer de joias Adam Shulman (31), com quem se casou em setembro. “Soube no segundo que o conheci que ele era o amor da minha vida! É um homem bom, inteligente e que ama sem medo. Seus valores são lindos. Adam é o meu melhor amigo. Eu o amo e sinto que tenho o melhor marido do mundo”, derreteu-se ela. “Nunca teria chegado a me casar se não fosse por ele. Você tem que realmente querer fi car com alguém, tem que sentir que isso é recíproco. Casar só por casar não faz sentido”, emendou Anne, que admite ter demorado a confiar novamente em alguém após o término do namoro com o ex, Raffaello Follieri (34), indiciado por crimes de extorsão e fraude.

Quando não está nos sets, promovendo seus fi lmes pelo mundo ou passeando pelas ruas do Brooklyn, em Nova York, com o marido e a mascote do casal, Esmeralda, da raça labrador, Anne dedica especial atenção a projetos benefi centes. Nos últimos tempos, ela tornou-se a principal voz da campanha One Billion Rising, pelo fi m da violência contra a mulher. “É difícil colocar na minha cabeça o fato de que um bilhão de mulheres já foi espancada ou violentada. Quando estava na faculdade, ouvi dizer que uma em quatro mulheres é violentada e pensei, Deus, isso quer dizer que eu provavelmente conheço alguém. Uma semana depois, soube de uma amiga que tinha sido. Um bilhão é um número muito grande porque um já é demais”, enfatizou.

Filha do advogado Gerald Hathaway e da atriz Kathleen Ann, Anne tem ainda no currículo sucessos como O Segredo de Brokeback Mountain, de 2005, Agente 86, de 2008, e Alice no País das Maravilhas, de 2010, e não pensa em parar tão cedo. Para quem sonha com o estrelato, a estrela repassa o conselho que recebeu de ninguém menos que Julie Andrews (77), com quem contracenou em seu primeiro trabalho no cinema. “Você não é uma estrela quando você chega exigindo coisas ou quer que as pessoas saibam o quão especial você é. A única forma de se tornar uma estrela de verdade é tratando todos da mesma forma. Ser estrela é agir de modo apropriado”, afirmou Anne. “Ética é a maior qualidade em um artista. Eu posso não ser a melhor atriz do mundo, mas eu amo meu ofício mais do que qualquer outra coisa. Por ele faço o que for preciso, custe o que custar”, admitiu a passional Anne.