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Revista / ENTREVISTA!

Flávia Saraiva relembra momento da queda nas Olimpíadas de Paris: 'Dei minha vida'

Em entrevista à Revista CARAS, Flávia Saraiva comentou momento de superação e celebrou medalha olímpica para a equipe de ginástica feminina

por Fernanda Chaves
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Publicado em 08/10/2024, às 15h45

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A ginasta Flávia Saraiva - Foto: Getty Images
A ginasta Flávia Saraiva - Foto: Getty Images

Destaque nas Olimpíadas de ParisFlávia Saraiva (24) passou por um momento de superação ao longo da competição. No dia da final por equipes, ela caiu das barras assimétricas no aquecimento para a prova e machucou o rosto. Porém, isso não a abalou e a ginasta ainda voltou para o Brasil com sua primeira medalha olímpica.

"[Se eu abandonasse a prova], ia ter que esperar quatro anos para poder competir na próxima Olimpíada e eu não sei se vou estar num momento tão especial como agora, na ginástica. Não queria sair de mais uma Olimpíada sem medalha, então dei minha vida", afirmou Flávia Saraiva, em entrevista à Revista CARAS.

A ginasta afirma que se sentiu segura no momento, ao lado do suporte médico e de seus treinadores e comissão. Para ela, todo seu esforço e preparo a deram forças para continuar mesmo após o machudado, e trouxeram a medalha, algo que ela esperava por anos.

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"Minha primeira realização é conseguir chegar à Olimpíada. Por conta das lesões, em um esporte de alto rendimento, a gente sabe que talvez não consigamos chegar à competição, porque é muito treino. Esse é o meu foco principal! Depois, é competir, chegar às finais, ganhar medalha."

Apesar da espera e dedicação, a ginasta conta que, após anos no esporte, entende que um atleta não é definido pelo número de medalhas olímpicas ou mundiais que possui. "Lógico que a gente sempre quer, mas não é isso que me torna uma atleta. O que me torna é o que passei para as pessoas, para mim mesma, a história que escrevi e o que quero levar para minha vida."

Flávia assegura que valoriza muito estar feliz no esporte e tornar o público feliz com sua performance. "Daqui a uns 20, 30 anos, todo mundo vai esquecer quais medalhas você ganhou, mas ninguém vai esquecer do seu sorriso, do seu abraço, da sua história."

"Quero tornar o esporte um momento único para que as pessoas sempre lembrem da ginástica e da Flavinha como uma pessoa que mudou a geração do esporte. Sei que a medalha é importante, mas a sensação de estar lá representando o seu País é uma alegria enorme. Ver que as pessoas têm esse reconhecimento por você é melhor ainda", completa.

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