Há 13 anos tocando música eletrônica, o DJ Filipe Guerra lança parceria com o cantor Latino para ser um dos temas da Copa do Mundo de 2014. Em entrevista à CARAS Online, o músico fala deste e outros projetos
Por trás das pick ups desde 1999, o jovem DJ Filipe Guerra (27) lançou uma parceria especial com o cantor Latino (39) para ser um dos temas da Copa do Mundo 2014, que terá o Brasil como país anfitrião dos jogos. “É um dance music com elementos genuínos brasileiros, uma mistura que eu nunca tinha experimentado”, conta o recifense. A música, que se chama O Gigante, estreou no DVD Latino Live In Copacabana e pode ser single do cantor no final deste ano.
O Gigante é a primeira canção com letra em português no repertório de Filipe Guerra, que já fez parceria com outros artistas da cena pop, como a cantora Lorena Simpson (25) – com quem lançou seu primeiro single em 2008, Can’t Stop Loving You. Em entrevista à CARAS Online, ele fala sobre seus projetos musicais, revela influências e almeja parcerias: “Eu falo sempre que eu estaria realizado de um dia trabalhar com a Ivete Sangalo. Ela tem um alto astral perfeito para uma música eletrônica.”
Confira a entrevista completa:
- Como foi a parceria com o Latino?
Trabalhar com o Latino é ter uma aula em entretenimento. Já nos conhecíamos há bastante tempo e selamos pela primeira vez uma parceria. A música é um tema para a Copa do Mundo de 2014. É um dance music com elementos genuínos brasileiros, uma mistura que eu nunca tinha experimentado.
- Você começou sua carreira no nordeste, que é mais conhecido por ritmos como o axé e o forró. Por que decidiu apostar na música eletrônica? Foi automático, era um estilo de música que eu ouvia desde criança. Sempre fui fanático por dance music. Gravava em fita cassete os programas de rádio com mixagens dos DJs na década de 90 e sonhava fazer aquilo um dia. Meu berço cultural é música pop e dance music, eu era um dos únicos que gostava, mas hoje a música eletrônica é universal.
- Em quem você se espelha no cenário eltrônico?
Como DJ, sou fã do Daft Punk e de novos nomes como Calvin Harris e Avicii.
- Com que músico brasileiro você tem vontade de trabalhar?
Eu falo sempre que eu estaria realizado de um dia trabalhar com a Ivete Sangalo. Ela tem um alto astral perfeito para uma música eletrônica. Sou fã tanto da cantora, quanto da personalidade dela.
- E internacional?
Fazer uma música com a Lady Gaga, não seria nada mal. Ela tem uma visão de mercado muito parecida com a minha. Gosto dessa coisa de ruptura. Alguns outros que já fazem um trabalho específico na dance music, que eu sempre admirei são metas para parcerias para meu futuro álbum.
- O que acha dessa popularização dos DJs no Brasil, com blogueiros e ex-participantes de realities sendo chamados para tocar em grandes festas?
Estamos no melhor momento da música eletrônica de todos os tempos. No rádio, nas paradas musicais, nos comerciais, tudo é dance music. Sempre haverá aproveitadores daquilo que está dando certo. O que antes chamávamos de presença vip, com modelos, atores, ou ex-BBBs, agora estamos chamando ‘ser DJ’. Muita gente acha que trocar uma música e dar um sorriso é tocar numa noite. É preciso responsabilidade, feeling, e principalmente entender de música para fazer um trabalho sério. Os produtores das festas são os responsáveis por essa pulverização de amadores. Eles esquecem que fazendo isso, eles mesmos são responsáveis pela qualidade duvidosa da música da festa.
- Por fim, qual o segredo de um bom DJ?
Além de uma boa técnica e carisma, o respeito pelo público é fundamental. Um bom DJ entende quase psicologicamente cada pessoa que está ali ouvindo o som dele. Ele funciona como um gerador de energia para a pista.
Ouça um trecho de O Gigante: