Carolina Ferraz realça a fase de bem-estar e assume ter valores tradicionais
Até sem maquiagem, com a cara lavada mesmo, não há como negar a beleza de Carolina Ferraz (43). Em dias de descanso em Porto de Galinhas, Pernambuco, a intérprete de Alexia de Avenida Brasil curtiu o sol, abusou do biquíni e exibiu uma pele e um corpo invejáveis. “Acho que estou mais torneada. Mas realmente não mudei tanto. Esse biquíni tenho há uns 20 anos (risos)”, diverte-se ela, no Nannai Beach Resort. Apesar da boa forma — 57kg em 1,72m —, a ex-modelo, que tem 23 anos de carreira artística, confessa não ser obcecada pela malhação. “Nem sempre consigo fazer exercício, mas não fico arrasada. Também não me privo de tomar sorvete, minha única paixão quando se trata de doce”, afirma ela, que tenta frequentar as aulas de balé pelo menos três vezes por semana, assim como yoga, e tem uma alimentação regrada. Aliás, culinária é uma das grandes paixões da atriz, que já escreveu o livro Na Cozinha com Carolina. “Dedico um capítulo à minha mãe. Acho que fiz uma declaração de amor a amigos e parentes”, justifica, deixando transparecer que é uma mulher à moda antiga, valorizando os laços familiares.
Carolina se orgulha de ter casado com o diretor Mario Cohen vestida de noiva, em uma cerimônia na praia, e de participar ativamente da rotina da única herdeira com ele, Valentina (17). Segundo ela, só não teve mais filhos porque se separou após dez anos. “Como teria, se não continuei casada?”, questiona Carolina, atualmente solteira. “Tive poucas relações na vida. Mas quero pensar que foram profundas para o outro, porque para mim foram”, costuma dizer ela, que não é vista em nova companhia há cerca de dois anos. “Sou romântica. Não escrevo bilhetes, mas paparico bastante, café na cama... Sabe mulher organizada, provedora, produtora? Acho que viro mãe. Preciso tomar até cuidado. Às vezes, deve ser chato (risos)”, conta.
– Aceitaria dividir um namorado como sua personagem faz?
– Tô fora geral (risos)!
– E como é o dia a dia com a sua herdeira,Valentina?
– Existe uma relação de mãe e filha com hierarquia, o que não diminuiu nosso amor uma pela outra. Ponho limites. Se ela sair à noite, fico acordada. Não sou diferente da maioria das mães.
– Enquanto a espera, o que faz?
– Trabalho (risos). Realizo mil coisas ao mesmo tempo. Tenho um site, o Carolina Augusta, e aproveito para aprovar textos, fotos... Nele, falo de decoração, estilo de vida. Independentemente da Valentina, normalmente só durmo de madrugada para dar conta de tudo. Quando tenho tempo, guardo um momento só para relaxar.
– Por que esse seu envolvimento com outros projetos paralelos à sua arte?
– É uma forma de fazer outras coisas de que também gosto, como falar sobre decoração. Acho bacana ter um espaço para escrever sobre determinados assuntos, como por exemplo, vir ao Nannai e poder compartilhar a minha opinião sobre o resort. Inclusive, achei incrível o spa, escolhi massagens, adoro... Quando Valentina era pequena, fazia shantala (técnica de massagem indiana para crianças) nela.
– Mudando de assunto, você tem 23 anos de carreira. Em algum momento pensou em abandonar a profissão?
– Não... Nem mesmo com o nascimento da minha filha. Me apaixonei pelo trabalho e fiquei.
– Falta algum personagem?
– Sempre falta. Todo ator tem vontade de estar sempre fazendo algo novo. Ao mesmo tempo, tenho a certeza de que ganhei grandes presentes na minha vida, como fazer o remake de O Astro. Tenho até hoje os roteiros...
– Muitas atrizes, que são ex-modelos, queixam-se que sofreram preconceito no início da carreira. Passou por isso?
– Não percebi isso. Ao contrário, fui muito bem recebida.
– Você já disse que foi um fracasso como modelo. Por quê?
– Fiquei mais bonita e até mais fotogênica com a idade.
– E o que acabou não mudando com o passar dos anos, além da beleza e do manequim?
– Na verdade, cada loja tem uma modelagem. Às vezes sou 38, outras, 40 (risos). Mas continuo estabanada. É difícil colocar um esmalte nas minhas unhas e não borrá-lo. Também acho que a minha gargalhada está igual.