No refúgio da família em Araras, no Rio de Janeiro, o carinho do casal, que se conheceu há quatro anos: 'Cada vez temos mais certeza de que queremos estar juntos para sempre'
O baterista da banda Os Paralamas do Sucesso, João Barone (51), chama de refúgio sua casa de campo em Araras, na região serrana do Rio. É lá que o músico descansa da agenda de shows e da agitação da vida na capital, ao lado da mulher, a profissional de Relações Internacionais Janete Watanabe (33). “O único problema daqui é que nunca queremos ir embora! Temos rotina rígida, e esse é nosso espaço para nos curtirmos e desligarmos de tudo!”, destaca ele, que, com frequência, tem ainda a companhia dos filhos, Clara (23), Laura (21) e Vicente (11), de relações anteriores. A família gosta de se reunir em datas importantes e fazer grandes almoços. “O barato é quando está cheio de gente. Meu caçula adora vir, é bastante grudado comigo”, conta Barone. Mas, apesar de os ambientes amplos, decorados no estilo rústico proporcionarem momentos de paz e intimidade, sua menina dos olhos é a garagem. Fascinado pela história da participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, ele guarda lá seus “tesouros”: jipes dos anos 1940, fardas, rádios, medalhas, capacetes, inclusive o usado por seu pai, um dos 25000 pracinhas que lutaram no conflito. “Ele passa um tempão namorando os objetos. Nem tento competir com a Gisella”, brinca Janete, referindo-se ao primeiro jipe que deu início à coleção, em 1999. A paixão dele virou coisa séria. Barone celebra o sucesso do segundo livro, 1942 – O Brasil e Sua Guerra Quase Desconhecida, com 20000 exemplares vendidos, e já fez dois documentários — um deles é O Caminho dos Heróis, filmado na Itália e ainda não exibido. Além de condecorações, como a Medalha do Pacificador, ele foi agraciado com uma cadeira na Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
– Janete compartilha do seu fascínio e apoia?
Janete – Tem que ser parceira! Admiro sua dedicação e adoro estar nos eventos!
Barone – Isso é gostoso. Ela vai comigo a tudo quando pode. É grande companheira. Cada vez temos mais certeza de que queremos estar juntos para sempre.
– Quando começou a se interessar pela participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial?
Barone – Sou o caçula de quatro irmãos. Eles me diziam que nosso pai era herói de guerra, mas eu tinha uma imagem idealizada dos filmes de Hollywood. Meu pai faleceu em 2000, pouco falava e, quando o fazia, era para salientar os horrores da guerra.
– Com essa carreira paralela, não deixou a banda esquecida?
Barone – De jeito nenhum! Meus projetos inspiram. Estamos na turnê dos 30 anos da banda. Iniciamos em maio de 2013 e deve ir até o fim do ano. O DVD do show será lançado em breve, além da caixa com a discografia completa. Também preparamos um CD. O grupo deu tão certo por nossa amizade e por sempre termos sido muito despojados.