Em nova edição da Revista CARAS, Paula Martins analisa a coleção do estilista norte-americano Michael Kors e ressalta sua elegâcia silenciosa
Publicado em 28/02/2025, às 17h00
Se há algo que o estilista norte-americano Michael Kors (65) domina com maestria é o jogo do luxo discreto. No desfile da temporada fall 25 ready to wear, apresentado em Nova York, ele reafirma a sua identidade ao trazer uma coleção em que a simplicidade sofisticada se alia aos símbolos clássicos da marca.
A alfaiataria aparece impecável, mas longe de ser engessada: moderna, fluida e até extremamente desejável. A paleta de cores é um dos elementos principais que traduzem a linguagem do estilista e toda a interpretação dele sobre a elegância cosmopolita.
Tons profundos de preto, cinza, marinho, além de caramelo são o norte das criações, que se equilibram com o brilho de paetês e o luxo das peles fake. A sensualidade sutil também se faz presente em decotes aprofundados, fendas estrategicamente posicionadas e couro trabalhado, somando toques contemporâneos ao visual proposto por Kors, sem perder o refinamento, que é a base desta nova coleção.
Leia também: Alessandro Michele cria coleção para causar vertigens: 'Memórias visuais e simbólicas'
Mas é nos detalhes modernos que suas criações se revelam ainda mais interessantes. Cortes assimétricos conferem movimento, plissados trazem feminilidade e o couro texturizado imprime dinâmica sensual às pretensões do estilista de abraçar toda sorte de estilos, mas sempre de olho no resultado final, equilibrado, extremamente polido.
Botas de cano longo e bolsas estruturadas reforçam a intenção urbana da coleção. Kors sabe que a moda dispensa barulho para impactar. Ele pratica a elegância silenciosa, em que qualidade e design falam por si. E, apesar dos fundamentos da coleção, ele foge do minimalismo, e destaca: "Não gosto
do termo minimal. Gosto de coisas que são táteis".
Ver essa foto no Instagram