Atriz ainda ressaltou o seu amor pelo trabalho e como mantém a boa forma aos 44 anos
Workaholic assumida, a atriz Leona Cavalli (44), que recentemente brilhou como a médica Glauce de Amor à Vida, admite que a paixão por atuar e a intensa rotina profissional da qual sempre foi adepta fez com que se dedicasse muito mais ao trabalho, em detrimento da vida pessoal. Família e filhos, por enquanto, não fazem parte dos seus projetos. “É assim que tem acontecido ao longo dos anos. Não acho que seja o melhor. No meu caso, foi circunstancial, porque sempre tive de tomar várias decisões e de ir atrás dos meus sonhos e objetivos”, analisou ela, em temporada na Ilha de CARAS. Leona nasceu no interior do Rio Grande do Sul. Depois de viver um tempo em Porto Alegre, foi para São Paulo conquistar seu espaço na carreira, sua maior paixão. “Claro que eu amei bastante. Tive pessoas pelas quais fui muito apaixonada. Fui casada, inclusive. Mas quando vivi relacionamentos em que cogitamos um filho, sempre houve um instante em que precisei optar por algum trabalho. Eu me sinto mais feliz dessa maneira”, contou. Mesmo fora da trama das 9 desde dezembro de 2013, após a morte de sua personagem, ela não curtiu ainda um período de férias. Em cartaz, no Rio, até 23 de fevereiro, com a peça E aí, Comeu?, sua primeira comédia de um autor contemporâneo, Marcelo Rubens Paiva (54), em que interpreta sete personagens, a estrela começou o ano de 2014 a toda com os seus projetos de trabalho.
– Você chegou a pensar em ter filho. Por que não o teve?
– Sinceramente, nunca foi um sonho. Acho até que a mulher já nasce com esse instinto materno, mas no meu caso a dedicação e o carinho são para a carreira, os meus amigos, a vida. Sou uma pessoa muito dedicada e amorosa com quem convive comigo.
– Então não será mãe?
– Pode vir a acontecer um dia, tanto biológico quanto adoção. Se vier a sentir esse desejo, vou ter de alguma maneira, mas não sonho com isso, não é um objetivo. Acho que para ter e criar uma criança é preciso dedicação. Minha família, que amo muito, foi assim comigo, é importante. Jamais teria um bebê para simplesmente dizer que sou mãe.
– Você está namorando?
– Estou sem compromisso sério, vamos dizer assim. Tem alguém, mas não exatamente um namoro.Gosto de gente com bom caráter, bom humor e amorosa.
–Você é passional como a Glauce em Amor à Vida?
– Ah, sim, mas jamais chegaria aos extremos como ela. Sou completamente apaixonada, tanto que o primeiro site que fiz sobre minha carreira se chamava A História de Uma Paixão. E isso vem do início de tudo mesmo. Onde nasci não tinha teatro, nenhuma referência de atriz na minha família nem na minha cidade. Comecei a atuar por amor à profissão e à arte. E é isso que me conduz sempre e me dá felicidade de estar viva.
– Mas até onde você já chegou em um relacionamento?
– Viajei horas, fiquei sem dormir dois dias para encontrar alguém. Mas nunca passei do ponto que considero respeitoso tanto com o outro quanto comigo.
– No espetáculo E aí, Comeu? você interpreta sete tipos de mulheres que os homens desejam. Que tipo você é?
– Acho que uma mistura dessas todas e de outras tantas. O que tenho e que agrada a um homem talvez você precise perguntar a eles. Sou atriz justamente para poder viver várias personalidades.
– E como costuma fazer para manter a forma?
– Olha, até na hora de cuidar do corpo não costumo focar na questão da beleza. Tenho uma boa alimentação, sou vegetariana, estou sempre atenta ao físico até por causa da minha profissão, pela necessidade de estar mais saudável. No meu ofício, a matéria-prima sou eu mesma, meu corpo, o emocional, o mental e o espiritual. Então, sempre faço algum tipo de exercício e procuro variar entre tai chi chuan, pilates e yoga. E para poder fazer personagens diferentes, preciso estar com o corpo saudável, flexível, pronto.
– Quais os projetos que pretenderealizar este ano?
– Em março, vou viajar para a Grécia e voltar ao Egito. Nesses países, vou apresentar alguns textos, como cenas do monólogo Máscaras de Penas Penadas. Também estrearei na direção de cinema, com o curta O Arlequim da Rua 18, que já está em fase de pré-produção. E neste semestre lanço mais um livro, ainda sem título. Já editei Caminho das Pedras – Reflexões de uma Atriz, sobre os desafios da carreira a partir de tudo que vivi na profissão. Nesse próximo, continuo falando disso, mas focando no humor e em uma palhacinha, personagem que costumo representar quando visito crianças em hospitais.