CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

EXCLUSIVO em CARAS: A doce coragem de Nathalia Dill

Atriz celebra seu empoderamento na Ilha de CARAS

Roberta Escansette Publicado em 30/05/2018, às 09h44 - Atualizado às 14h10

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Nathalia Dill na Ilha de CARAS - CADU PILOTTO
Nathalia Dill na Ilha de CARAS - CADU PILOTTO

Seja por suas postagens corajosas nas redes sociais ou personagens na TV, como a vivaz Elisabeta da novela Orgulho e Paixão, Nathalia Dill (32) é uma mulher independente e empoderada na arte e na vida real. “Isso tem um lado bom e um lado ruim. Não dá para satisfazer a gregos e troianos. Já sofri muito ao não agradar a todos”, admite. Na Ilha de CARAS, a atriz mostra que, apesar de ser livre e liberta de preconceitos, também carrega um quê de ‘moça à moda antiga’, pois o sonho de construir uma família continua latente em seus planos. Atualmente, ela namora o músico Pedro Curvello (34) — os dois se conheceram em um show de jazz. “Crescemos um pouco como um conto de fadas. Me incluo nesse pedaço da sociedade que foi educado com ideais incrustados. Sempre tive esse desejo de casar e ter filho”, explica. E, é assim, sem papas na língua, que Nathalia fala sobre assuntos como a fama, o ego e a boa forma. “Não sei dizer se já me deslumbrei. Vai que já pirei com alguém e dei um surto de estrelismo e não percebi?”, brinca a atriz, que também poderá ser vista no cinema em Talvez Uma História de Amor, com estreia prevista para o mês de junho.

– Treze anos de carreira com muitas protagonistas. É talento e sorte ao mesmo tempo?

– Estudei em uma escola incrível, que estimulou as artes. Acho que tem o quesito sorte, de encontrar pessoas legais, a minha vontade e o meu desejo. Sei que é uma loucura atuar no Brasil.

– Em era de rede social, sendo uma pessoa pública, deve ser muito ‘julgada’. Como se sente? 

– Claro que tudo abala, tanto o elogio quanto a crítica. Me dou o direito de ficar um pouco triste também. Mas não a ponto de me consumir.

– Você escolhe personagens?

– Às vezes, sim. Mas também me encanto pelo projeto ou pelas pessoas que estão envolvidas. Na Globo, é mais delicado. Quero fazer um trabalho, mas caso não tenha um papel no meu perfil, não adianta ficar chateada.

– Por que aceitou fazer Orgulho e Paixão?

– Elisabeta é forte, engraçada, delicada... Tem uma visão inusitada do mundo. O que ela diz é muito interessante. O que me encantou foi isso, esta grandiosidade dela. Tem uma vivacidade que me instiga muito. Tem este olhar de querer casar e não por conveniência.

– Você também é assim, não?

– Me identifico com ela. Ser independente não impede a gente de querer um amor, de acreditar nisso. Se a gente for parar para pensar, os direitos femininos são escassos... A própria licença maternidade é um atraso. Vou começar a militar aqui. (risos) O direito das mulheres não necessariamente é só para nós. Existem lutas que são para aumentar também o direito dos homens.

– Ser questionadora assusta?

– Acho que tenho uma cara meio de blasé por isso me julgam como mal humorada. Não sei se é sono. Isso depõe contra. Enquanto tem pessoas que têm uma cara fofa e nem são.

– E passar dos 30 anos é um momento de reflexão?

– Muda a expectativa que a sociedade tem com você. Sou a mesma coisa. As pessoas falam: “Nossa, mas não parece ter esta idade!”. Por quê? Com 30, tenho que estar meio acabadinha? Que referência é esta criada? 

– E se sente satisfeita?

– Que mulher que está? Não é lucrativo as mulheres estarem satisfeitas. Se disser que estou, estarei mentindo. A minha parte de cima é melhor do que a de baixo.

– Como se julga em uma relação? Racional ou emocional?

– Os dois. Com 30, você vê que o tempo está passando e não vai deixar de fazer as coisas que tem vontade. Tenho prezado a alegria, o relax. Estou zen, estou amorosa, estou hippie.