IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE ANIMA PRÉ-CARNAVAL DE ESTRELAS
Redação Publicado em 22/02/2006, às 16h31
por Aline Salcedo
e Patrícia Albuquerque
Embalados pela escola de samba Imperatriz Leopoldinense - oito vezes campeã do carnaval carioca e primeira agremiação a sagrar-se tricampeã no Sambódromo (1999, 2000 e 2001) -, vips como o narrador esportivo Galvão Bueno (55) e a atriz Totia Meireles (46) mostraram ritmo e samba no pé durante o pré-carnaval da Ilha de CARAS. Ao lado do marido, o médico Jaime Rabacov (50), Totia ensaiava movimentos para brilhar no último carro de outra agremiação, a Grande Rio. "Minha fantasia é uma segunda pele toda bordada com cristais Swarovski. Dos braços e da cabeça saem penas de faisão. Isso significa que estou no primeiro time, tá? Já soube que você começa com plumas, depois é promovido para penas de pavão. Faisão é o top.", brincou ela, ao lado do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Imperatriz: Marcílio Pinto (28) e Verônica Lima (25).
A bateria da escola, comandada por Marcone da Silva (25), e o puxador Nino Sebastião Smith (30) arrebataram os convidados com o clássico Liberdade, Liberdade, Abre as Asas Sobre Nós, hino da vitória da escola em 1989. Até então sentado ao lado da mulher, a empresária paranaense Desirée Soares (37), Galvão pegou o tamborim emprestado de um dos ritmistas para evoluir com a dançarina Adriana Bombom (31). "Sou muito bem resolvido. Não tenho medo de ser feliz nem vergonha de pagar meus micos.", brincou ele. Voz do esporte brasileiro há três décadas, Galvão contou que é muito comum partidas de futebol acabarem em samba. "O pagodeiro chefe da Seleção é o Ronaldinho Gaúcho. É sempre ele quem puxa o batuque após os jogos.É uma coisa reservada deles. Só participei uma vez, na Copa de 2002, quando os 23 jogadores foram para o meu estúdio. Foi uma coisa espetacular, muito gostosa.", lembrou Galvão, que narrou o tetracampeonato do Brasil nos Estados Unidos em 1994, o pentacampeonato no Japão e na Coréia do Sul em 2002, e se prepara para ir à sua oitava Copa do Mundo, na Alemanha, em junho.
Em harmonia com seu "par", Bombom também lembrou da estreita relação entre futebol e carnaval. "Não tenho time de futebol nem escola de coração. Gosto mesmo é de sambar. E quando começo, não consigo parar. Por isso, à frente da bateria, me transformo, viro outra mulher. Assim como no futebol o essencial é a bola, afinal sem ela não tem jogo, no carnaval, o fundamental é a bateria.", resumiu ela, que desde janeiro comanda o programa Carnaval 2006, na Record, e este ano estréia como rainha de bateria da Portela. "A primeira vez que fui rainha foi em um bloco de rua, em Copacabana. Acho que está no sangue, nasci com isso. Mas não é só porque sou neguinha. Já vi muita loirinha e até japonesinha com samba no pé.", completou ao lado de Juliana Kametani (19), neta de japoneses que vive a Suzi Shigeto de Belíssima.
Natural de Curitiba, Juliana se mudou para o Rio por causa da novela e este ano verá o desfile das escolas de samba cariocas pela primeira vez. "Acho as fantasias lindas, mas morro de vergonha de sambar. Sou muito tímida", contou ela.
Enquanto a atriz se prepara para estrear no Sambódromo, a cantora Rosemary (56) desfila há 22 anos na Mangueira. "E sempre no chão. Não gosto de carro alegórico. Este ano sairei à frente da Ala dos Artistas, com uma fantasia que parece uma borboleta.", contou ela, que herdou da mãe, Thereza, falecida há cinco anos, a paixão pela festa. "Ela me levava para ver o desfile desde que eu tinha 6 anos.", lembrou Rosemary, sambando à frente dos ritmistas Sérgio Silva do Sacramento (23) e Marcos Antônio Machado (30), ambos na caixa; Janderson Roberto Mendes (27), na cuíca; Reinaldo Nogueira (31), no cavaquinho; Carlos Brito (30), na marcação; e João José de Carvalho (24), no tamborim.
Já a atriz Pepita Rodrigues (55) preferiu se misturar às passistas Renata Veiga (21), Pâmella Mathias (21) e Elaine Trevenzoli (21). "Nasci no Sul da Espanha e escolhi morar no Rio porque achava que era parecido com minha cidade, onde o carnaval dura pelo menos três semanas.", contou ela. Acompanhada pela neta, Alexandra (6), filha de seu primogênito, Gilberto Di Pierrô (35), Pepita se esbaldou cantando o samba O Teu Cabelo Não Nega (Lá, Lá, Lá, Lá, Lamartine...), com o qual a Imperatriz foi campeã em 1981. "Ela é minha única neta, me faz de gato e sapato. Ser avó é bom por isso. Os pais que eduquem e dêem limites", observou Pepita enquanto a menina recebia "aulas particulares" de Elaine. "Alexandra nasceu atriz, está no sangue. Ela adora posar para fotos, o brilho da profissão. Isso me traz muito orgulho.", completou a avó.
Também misturada às passistas, a atriz Fernanda Paes Leme (22) aproveitou para colocar em prática a experiência adquirida nos shows do namorado, o cantor Bruno Diegues (24), do grupo de pagode Jeito Moleque. "Todo mundo diz que, para uma paulista, eu até que sambo bem.", contou ela, que este ano ainda não conseguirá realizar o sonho de desfilar no Sambódromo carioca. "A Paula Burlamaqui me convidou para sair na Viradouro. Eu adoraria, mas já tinha combinado com duas amigas de viajar para Salvador. Amo carnaval de qualquer jeito, porque as pessoas estão sempre muito felizes. Foi só a bateria começar a tocar aqui, por exemplo, para levantar ainda mais o astral de todo mundo.", disse ela, correndo para continuar dançando ao som do samba que a Imperatriz levará este ano para a avenida: Um Por Todos e Todos Por Um, sobre Anita (1821-1849) e Giuseppe Garibaldi (1807-1882).
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