Com referência a grandes obras da cultura brasileira, Mancha Verde presta tributo a Mário Lago
Um dos mais importantes nomes da cultura brasileira foi tema do desfile da Mancha Verde, a terceira escola a se apresentar neste primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Com o tema Mario Lago - um homem do século XX, ela tratou da vida e da obra desse artista. Um dos destaques do desfile estava exatamente no encerramento, no último carro alegórico, que homenageou as novelas em que Mário trabalhou, com destaque para Barriga de Aluguel e Clone. O ator fez o personagem dr. Molina em ambas as tramas.
O desfile começou com a chegada avós de Lago ao Brasil, exibindo as raízes italianas do artista.
A comissão de frente da Mancha Verde foi inspirada em uma frase de Mário Lago (1911-2002), "Eu não fico na calçada pra ver o desfile passar. Eu vou junto", com uma estátua viva do escritor.
A segunda parte do desfile mostrou o lado boêmio do artista, que começou muito cedo, quando o pai o levava aos bares. A região da Lapa, no Rio de Janeiro, foi retratada na avenida, como um dos principais locais de inspiração de Lago.
Parte das alas destacou o lado compositor do artista, autor de sambas famosos como Ai que saudade da Amélia e a marchinha Aurora.
Na ala das baianas, o lado político do artista e sua vida pessoal foram retradados, pois foi em um comício do Partido Comunista que ele conheceu sua mulher. Os filhos de Lago desfilaram como destaques da última alegoria.
Destaque
A atriz Viviane Araújo (37), rainha da bateria da escola, celebrou sua participação na avenida. "Olha, foi lindo. A Mancha veio linda. Domingo tem Salgueiro. Sóe stá começando pra mim, com muita garra, com muita energia", disse.