No Castelo de CARAS, jornalista Luciana Liviero, da Record, fala sobre a mudança para a Big Apple
Trabalhar como correspondente internacional era um desejo antigo da jornalista Luciana Liviero (41), que nasceu em Brasília, mas deu o pontapé inicial na carreira em São Paulo. Com bem-sucedidas passagens pela rádio Jovem Pan, TV Tribuna, Rede Bandeirantes e Canal 21, ela ingressou na Rede Record em meados de 2003 e, em seguida, voltou à capital federal para atuar como repórter. Um ano e meio depois, Luciana retornou em definitivo a São Paulo por conta dos programas Fala Brasil e Record Notícias. “A vida me levou para o estúdio e lá fiquei, feliz. Como não contava mais em morar fora, comprei um apartamento em São Paulo, adotei duas cachorras e pensei comigo: ‘agora minha vida está organizadinha, vou sossegar.’ Mas aí, surgiu a proposta de vir para New York. Sossegar pra quê?”, recorda ela.
No início de 2011, Luciana encheu as malas com otimismo e ideias inovadoras e se mudou com as mascotes, Bia e Madonna, para a Big Apple. “Viajei a New York em 1998 e em 2009 sem imaginar que um dia voltaria para ficar. É uma experiência maravilhosa que a Record me proporciona e, por isso, sou muito grata. Já era fã da cidade; hoje, sou apaixonada por ela”, conta Luciana, que foi ao Castelo de
CARAS, a apenas 40 minutos de Manhattan, escoltada pelas suas duas cachorrinhas.
– Antes, você via New York como turista. E agora, como moradora, mudou sua percepção?
– Dizem que os nova-iorquinos são grossos, mas não é verdade. Eles são na deles e eu, faladeira, vou puxando papo com todo mundo. A simpatia quebra qualquer gelo. As cachorras também ajudam na socialização, ando com elas na rua e me perguntam sobre a roupinha, fazem carinho nelas.
– Este é o seu segundo inverno na cidade. Já se acostumou com o frio?
– Eu cheguei ‘no’ inverno, porque o início de 2011 foi considerado um dos mais rígidos dos últimos tempos. É muito, muito frio, mas não deixa de ter um lado positivo, a neve é linda, as pessoas se arrumam mais para sair de casa, você pode comprar botas maravilhosas... (risos)
– Como mulher, foi difícil encontrar novo cabeleireiro ou manicure, por exemplo?
– A unha, pelo menos no frio, dá para dar um truque, porque a gente fica de luva o tempo todo. (risos) Eu não sou neurótica, mas a coisa da vaidade é complicada. Dá vontade de mudar, fazer umas luzes no cabelo, mas tenho de tomar cuidado para não errar e aparecer loira do nada.
– Trouxe muitas malas?
– A casa de São Paulo continua montada, acho que trouxe só uns porta-retratos. O resto comprei tudo aqui. Trouxe roupas de inverno e algumas de verão, porque nunca sei se vou viajar de um dia para o outro...
– Seu guarda-roupa de jornalista é muito diferente do que usa longe das câmeras?
– Brilho, que eu adoro, é só para o fim de semana. Existe uma máxima que nada pode chamar mais atenção que a notícia. Se você estiver com um brinco maravilhoso, mulher nenhuma vai querer saber o que você está falando. Ao mesmo tempo, sou naturalmente descontraída e se a roupa for austera demais, não combina comigo. Tem de haver equilíbrio.
– Que tipo de matérias faz?
– Voltei a fazer reportagens de rua após cinco anos de estúdio e estou adorando! Não tenho uma editoria preferida e faço matérias gerais para o Jornal da Record, o que é uma ótima maneira de conhecer mil cantos da cidade. A ideia é aumentar o nosso espaço no jornal e aproveitar as histórias das pessoas interessantes que moram ou circulam por NY. As grandes cabeças do mundo e os grandes talentos passam por aqui. Espero apresentálos ao público brasileiro.
– O que destacaria de 2011?
– Ah, tanta coisa... Cobri a repercussão da morte de Osama Bin Laden, os dez anos dos ataques ao WTC e a abertura da assembléia geral da ONU pela presidente Dilma Rousseff. Adorei as entrevistas com Daniela Mercury e Zélia Cardoso de Mello. E também amei mostrar o leilão de jóias de Elizabeth Taylor.