Camila Pitanga se manifesta após comentário racista direcionado ao João Luiz no BBB21
Camila Pitanga também está por dentro de tudo que está rolando no BBB21. E, acompanhou o que rolou no jogo da discórdia da última segunda-feira, 05.
Como quase toda a web, ela decidiu se manifestar sobre o comentário racista sofrido pelo participante João Luiz.
Na manhã desta terça-feira, 06, a atriz publicou, em seu Instagram, uma arte belíssima do professor e um vídeo do momento em que ele chora após expor a fala de Rodolffo.
“Pensar em racismo ainda vem acompanhado de alguns estereótipos da pessoa branca, com extrema fisionomia de ódio, xingando e ofendendo uma pessoa preta. Muitas pessoas ainda não associam o racismo a risadas, comentários ‘banais’ ou ‘tradicionais’, comparações de ‘brincadeira’, situações ‘amigáveis’ (tudo entre aspas porque não são comentários banais, brincadeiras e etc)”, começou na legenda.
“O racismo é tão nocivo que se infiltra nos detalhes, nas questões só dia a dia. O cabelo afro, crespo, volumoso, até um dia desses era chamado de ‘cabelo ruim’. Quem nunca ouviu isso? Mulheres pretas não alisavam seus cabelos por não gostar dele simplesmente, mas por ter aprendido, através de muita humilhação, deboche e comparações, que não deveria gostar. Como gostar de algo em você que te transforma em um alvo de risadas? De apontamentos pejorativos? Que dizem ser ruim?”, prosseguiu a mãe de Antônia.
“Ostentar um black power hoje em dia além de lindo, é resistência. Resistir a todo racismo, preconceito e ódio que tentou apagar o orgulho ancestral. O orgulho da origem, história, descendência, cor, traços, herança. O João Luiz Pedrosa ontem deu uma aula sobre como é ter que repetir exaustivamente o óbvio de que pessoas pretas não são alegorias engraçadas, pessoas pretas não são personagens caricatos que servem pra satisfazer pessoas brancas”, disse também.
“Tem dúvida? Pesquise, aprenda. Errou? Peça desculpas e não reforce o seu racismo tentando se justificar. Não justifique. Reflita. Não quer aprender? Sofra as consequências. Resistência preta. Por aqui é assim desde que o primeiro preto foi raptado de sua convivência, cruzou o oceano em condições desumanas e pisou nessa terra”, concluiu a apresentadora.
Veja: