Longas viagens podem causar problemas circulatórios; expert explica
Bruna Nastas Publicado em 19/12/2017, às 10h50 - Atualizado às 11h28
Susana Vieira foi internada na última segunda-feira (18), após sentir fortes dores na perna durante um voo entre Miami, Estados Unidos, e Rio de Janeiro.
A atriz teria recebido o diagnótico de tromboembolismo venoso.
Dr. Breno Caiafa, secretário geral da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, explica que a chamada síndrome dos viajantes acomete "pessoas que permanecem sentados por um longo período na mesma posição, seja em carros, aviões ou ônibus, principalmente as que têm mais de quatro horas de duração ou se realizam múltiplas viagens de curta duração em curto espaço de tempo, com risco que persiste até algumas semanas após a viagem".
"O edema dos viajantes é o conjunto de sinais e sintomas que podem aumentar o risco de complicações, tais como tromboflebite superficial, trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar. Apesar risco absoluto associado às viagens ser baixo, as viagens de avião foram associadas a uma probabilidade três vezes maior de TEV (tromboembolismo venoso).Os sintomas da Síndrome do Viajante podem iniciar com peso, cansaço e vermelhidão em membros inferiores, e mais notadamente, os edemas".
O médico ensina como evitar os problemas circulatórios e reduzir as chances de complicações:
- Roupas confortáveis: Invista em roupas que não apertem as pernas e dificultem a circulação. "Evite cintas, cintos apertados e joelheiras".
- Beba água: Mantenha o corpo hidratado durante a viagem. "Evite o consumo de bebidas alcoólicas que podem acelerar a desidratação".
- Caminhe: "Em viagens de avião, levante e caminhe no corredor da aeronave a cada duas horas pelo menos".
- Faça paradas: No caso de viagens de carro, faça paradas e movimente as pernas e os pés. "Passageiros que tenham maiores fatores de risco devem viajar em lugares de maior dimensão ou pelo menos em cadeiras do corredor".
- Meia elástica de compreensão: O acessório é indicado para pessoas com fatores de risco prévio, contribuindo para ativar a circulação, diminuído o significativamente o edema e desconforto, bem como o número de episódios de trombose venosa. "Pacientes de alto risco devem verificar com o médico a necessidade de tomar anticoagulantes ou flebotônicos para prevenir o edema".
