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Bem-estar e Saúde / PROBLEMA SÉRIO

Saiba como proteger seu filho das consequências psicológicas do bullying

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Leticia de Oliveira destaca a importância de intervenções efetivas para proteger crianças e adolescentes do bullying

Leticia de Oliveira
por Leticia de Oliveira

Publicado em 01/08/2024, às 15h17

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O bullying não é apenas uma fase difícil ou uma brincadeira de mau gosto - Freepik
O bullying não é apenas uma fase difícil ou uma brincadeira de mau gosto - Freepik

O bullying é uma forma de violência que afeta milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo. Esse comportamento agressivo e repetitivo pode ocorrer em diversas formas, incluindo violência física, verbal e psicológica, tanto no ambiente escolar quanto online. Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Leticia de Oliveira destaca que as consequências psicológicas do bullying podem ser devastadoras e de longo prazo, afetando a saúde mental das vítimas de maneira profunda.

Segundo Leticia, especialista em saúde mental, o bullying não é apenas uma fase difícil ou uma “brincadeira de mau gosto”. “As vítimas de bullying muitas vezes sofrem em silêncio, sentindo-se isoladas, impotentes e desamparadas", ressalta.

A psicóloga explica que o bullying pode levar a uma série de problemas emocionais e psicológicos. "As vítimas frequentemente desenvolvem ansiedade, depressão e baixa autoestima. Esses jovens podem sentir-se constantemente ameaçados, o que pode levar a dificuldades de concentração e desempenho escolar", diz.

As cicatrizes do bullying podem persistir muito além da infância e adolescência. "Os efeitos do bullying podem se estender até a vida adulta, resultando em dificuldades nas relações interpessoais, problemas de confiança e, em casos extremos, transtornos de ansiedade e depressão crônicos", fala Leticia, acrescentando que o bullying pode influenciar negativamente a visão que a pessoa tem de si mesma e do mundo ao seu redor, dificultando o desenvolvimento de uma autoimagem saudável e de relações sociais positivas.

De acordo com a especialista, para mitigar os efeitos do bullying, é crucial que pais e educadores estejam atentos aos sinais de que uma criança ou adolescente pode estar sofrendo bullying. "É importante criar um ambiente onde os jovens se sintam seguros para falar sobre suas experiências. Pais e educadores devem estar preparados para ouvir e apoiar as vítimas, além de intervir de forma adequada para interromper o comportamento agressivo", aconselha.

Leticia enfatiza a necessidade de programas de prevenção e intervenção no ambiente escolar: "As escolas devem implementar políticas claras contra o bullying e promover uma cultura de respeito e empatia. Programas educativos que ensinem habilidades de resolução de conflitos e promovam a conscientização sobre os efeitos do bullying são essenciais".

“O bullying é um problema sério que requer atenção e ação imediata. As consequências psicológicas podem ser profundas e duradouras, mas com o apoio adequado e intervenções eficazes, é possível minimizar esses impactos e ajudar as vítimas a recuperar sua autoestima e bem-estar emocional. A psicóloga Letícia de Oliveira conclui: "Precisamos trabalhar juntos – pais, educadores e sociedade – para criar um ambiente onde todas as crianças e adolescentes possam se sentir seguros, respeitados e valorizados", emenda Leticia.