Em conversa com a CARAS Brasil, Antonia Frering, ex-atriz da Globo, comentou sobre a possibilidade de voltar às novelas
Ex-atriz da Globo e socialite brasileira, Antonia Freoing (58) está vivendo um novo momento em sua vida profissional e pessoal. Hoje, longe das novelas, ela encara com carinho sua trajetória e faz de suas vitórias contra o câncer inspiração para outras mulheres. Em conversa com a CARAS Brasil, ela relembrou o período turbulento e também contou o que está planejando para o futuro.
"No caso do câncer de mama, eu tinha uma meta que era a novela [Salve Jorge]", disse sobre a trama da Globo, sobre a doença que foi descoberta em 2012. "O outro, eu [estava] no meio da pandemia, sabendo que eu tinha que superar isso, tudo o que o estávamos vivendo... eram tantas coisas. Mas, se você tem a família do seu lado e tem Deus, você tem tudo. Você tem força."
Agora, a socialite diz que está direcionando a carreira para o ramo de palestras, a fim de ajudar outras mulheres na luta contra o câncer. Apesar de ter descoberto na atuação uma paixão, ela revela não ter planos para retornar às telinhas tão cedo e que pretende se dedicar ainda mais ao seu perfil do Instagram. "Posso ir mais além apoiando mulheres que passam hoje pelo que já passei lá atrás."
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Frering acumula mais de 490 mil seguidores em seu Instagram, e afirma que enxerga a rede social como uma forma de se aproximar do seu público e quebrar a imagem de "inatingível" que seus fãs poderiam ter. "Sou muito informal, relax e mais até para o lado de uma veia cômica. O Instagram me deu a oportunidade de mostrar esse meu lado e as pessoas gostaram."
Para o futuro, além das palestras que vem preparando, a socialite também investe na veia empreendedora e comanda o lançamento de uma linha de louças. "Foi uma experiência bem bacana", completa. Abaixo, Antonia Frering comenta sobre o início da carreira de atriz aos 38 anos, o fim da alta sociedade e a relação com os filhos e netos. Confira trechos editados da entrevista.
Como surgiu a vontade de atuar aos 38 anos?
Eu morava em Londres e meu filho pediu para fazer um curso de Teatro. Ele tinha 13 anos, hoje está com 35. Na época, não podia ir adolescente sozinho fazer, então eu fui com ele. Ali eu comecei a sentir uma luz, inspiração, força, transpiração, que eu nunca tinha tido antes, e pensei: 'Gente, isso é uma paixão! Vou em frente'.
No tempo em que esteve fora da TV, você fez vários filmes e séries. Como foi esse período da sua vida?
Foi muito intenso, porque eu tinha família, filhos adolescentes, eu fiz filmes fora... meu último filme foi na Espanha, então era muito interessante ver como era diferente a mentalidade, os atores e filmagens. Até a oportunidade de estar em lugares diferentes, fazer filmes em lugares diversos. Fiz espetáculo de Teatro aqui também, em Londres e foi tudo uma realização de sonho mesmo. Com muita garra e força.
Nas redes você costuma falar sobre a sua família. Qual a importância de mostrar esse lado para os seguidores?
Uma das coisas importantes que falei foi sobre a síndrome do ninho vazio, porque eu tenho os meus três filhos saindo de casa, meus netos que não moram aqui... Mas enfim, são meus sonhos, minhas alegrias, minhas vidas. E os gêmeos dão trabalho dobrado, mas sempre que estou com eles, sou 100% avó. Não faço mais outra coisa que não seja ficar com eles. Dedico o tempo inteiro, até a hora que eu caio assim, quase que em coma de exaustão [risos]. Isso é maravilhoso!
Em uma recente entrevista, você comentou sobre o fim da alta sociedade. Como você enxerga essa mudança?
Hoje em dia acho que já nem existe o termo 'alta sociedade'. É uma coisa que acabou junto com aquelas grandes festas, grandes acontecimentos, que hoje existem, é claro, mas de outra maneira. Aquele mundo em que meus pais viveram, não existe mais.
Você sente falta de algo da 'alta sociedade', que vivenciou ao lado da sua mãe?
O que mais sinto falta desse tempo é da educação, da pontualidade, da consideração com as coisas. Acho que o excesso hoje ficou cafona. A falta de pontualidade é o fim da picada. A falta de educação das pessoas de ficarem o tempo inteiro com o telefone na mão enquanto está falando, enquanto está comendo...
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