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Bem-estar e Saúde / DIA DE LUTA CONTRA QUEIMADURAS

Dermatologista revela número impactante sobre casos de internações por queimaduras no Brasil

Em entrevista à CARAS Brasil, a dermatologista Fátima Tubini dá dicas de como prevenir queimaduras e tratamentos adequados em caso de acidentes

Thaíse Ramos
por Thaíse Ramos

Publicado em 06/06/2024, às 08h00

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É preciso sempre ter cuidado quando for mexer em alguma fonte de calor - Freepik
É preciso sempre ter cuidado quando for mexer em alguma fonte de calor - Freepik

Em 6 de junho é celebrado o Dia Nacional de Luta Contra Queimaduras. O assunto é muito pertinente especialmente por ocasião das festas juninas, em que costumam acender fogueiras e soltar fogos de artifício. Em entrevista à CARAS Brasil, a dermatologista Fátima Tubini fala da importância da data, dá dicas de como prevenir queimaduras e informa sobre os tratamentos adequados em caso de acidentes.

“Na verdade, o relevante da data é ressaltar a importância dos cuidados básicos que a gente tem que ter para prevenir as queimaduras, isso é o mais importante de tudo”, destaca a especialista, acrescentando um dado importante. Segundo Fátima, no Brasil, ocorrem cerca de 150 mil internações por queimadura anualmente; sendo que, deste número, 30% dos pacientes são crianças.

De acordo com ela, as queimaduras mais comuns são as por contato direto com algum agente de calor ou de frio, corrente elétrica, radiação – incluindo a ultravioleta, a mais importante, que são as queimaduras solares – e também por produtos químicos. "Sempre muito cuidado quando for mexer em alguma fonte de calor. Existem muitos casos de queimaduras, mesmo quando você vai cozinhar, mexer com panela de pressão (...) É preciso ter cuidado sempre que for ter contato direto com a fonte de calor", diz.

"Quando for mexer em algum produto químico que tenha ação corrosiva, sempre utilizar uma proteção adequada. Cuidado com tomadas, ao mexer com fio decapados, que isso pode levar a queimadura por corrente elétrica. E em relação a radiação ultravioleta, a utilização de protetor solar e evitar a exposição solar intensa, nos horários em que a gente sabe que pode levar ao maior risco de queimadura, que seriam das 10h às 15h”, emenda a dermatologista.

Fátima ainda acrescenta: “Normalmente, quando a queimadura é por alguma fonte de calor ou porque você entrou em contato com uma panela de pressão, ou mesmo abriu um forno, a primeira recomendação é molhar com água, para impedir que esse calor continue progredindo, além do local da queimadura”.

CLASSIFICAÇÃO E CUIDADOS

A dermatologista também explica a classificação das queimaduras. "Tem as de primeiro grau, quando afeta a camada mais superficial da pele. Essa é caracterizada por dor, inchaço, edema no local e vermelhidão. As de segundo grau são mais graves, afetam a camada média da pele. Tem a formação de bolhas, que depois estouram e deixam uma lesão erosada, e isso pode demorar até três meses para cicatrizar. Elas podem, ou não, evoluir com cicatrizes. Quando não, às vezes podem deixar uma mancha residual”, informa.

“A queimadura de terceiro grau é o tipo mais grave porque ela afeta todas as camadas da pele, podem, às vezes, não serem tão dolorosas porque acabam lesando nervos no processo da própria queimadura e são tipos de queimaduras que evoluem com cicatrizes, muitas das vezes, com necessidade de procedimento cirúrgico, para evitar essas cicatrizes de contratura, principalmente (que restringem o movimento devido à junção da pele e do tecido subjacente durante a cicatrização. Esse tipo de queimadura necessita de assistência médica imediata”, continua.

O tratamento da queimadura varia de acordo com a gravidade. “De qualquer forma, todo tipo de queimadura necessita de uma assistência médica. “É importante sempre no pós-queimadura, manter o local limpo, seco. E em alguns casos, é necessária a utilização de curativo oclusivo (não permite a entrada de ar ou fluídos, atua como barreira mecânica). Mas quem vai poder determinar o melhor tratamento para a queimadura é o médico, sempre”, finaliza.

Fátima Tubini - Referência em cuidados e tratamentos dermatológico; Atua na área da dermatologista há quase 20 anos; Com ampla experiência, a especialista é graduada em Ciências Médicas e possui o título de Especialista em Dermatologia concedido pela AMB e Sociedade Brasileira de Dermatologia; Em sua trajetória, trabalhou com o público infantil na área de pediatria; Atualmente, proporciona através de procedimentos dermatológicos e estéticos, benefícios para a saúde e bem-estar dos seus pacientes.

Dermatologista dá dicas de como prevenir queimaduras e tratamentos adequados em caso de acidentes
A dermatologista Fátima Tubini - Arquivo Pessoal