CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil
Bem-estar e Saúde / DISCUSSÃO IMPORTANTE

Dermatologista Luciana Maluf alerta para a banalização da harmonização facial

Em entrevista à TV CARAS, a dermatologista Luciana Maluf afirma que o correto é trabalhar dentro das características particulares de cada paciente e não padronizar

Luciana Maluf, Pietra Mesquita e Thaíse Ramos Publicado em 07/06/2024, às 16h44

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Luciana Maluf fala sobre o peeling de fenol, procedimento que virou caso de polícia - Reprodução/Instagram
Luciana Maluf fala sobre o peeling de fenol, procedimento que virou caso de polícia - Reprodução/Instagram

A harmonização facial, procedimento estético pouco invasivo e com resultados rápidos, virou uma verdadeira febre entre os famosos, mas nem sempre foi “aprovada” pelos fãs ou mesmo pelas próprias celebridades. Alguns até já se arrependeram das transformações e decidiram reverter o procedimento. Em entrevista à TV CARAS, a dermatologista Luciana Maluf aponta a banalização da técnica e explica como costuma proceder com seus pacientes.

“É muito engraçado porque esse nome veio à tona, harmonização facial, por marketing, pois já era feito. Existem umas proporções faciais, volumétricas do rosto, que é estudada há muitos anos. Por exemplo, quando a gente se vê de perfil, a gente vê a proporção, a angulação entre nariz, boca e queixo. E isso a gente faz muito, harmonizando essa proporção, com preenchedores, ácido hialurônico. Mas aí virou um boom, a harmonização facial, e acabou tendo uma padronização facial. Então, perdeu-se um pouco”, diz.

“Não uso a palavra harmonização facial justamente por isso, não padronizo. A gente faz uma harmonização dentro das suas características, das suas particularidades. A gente chama de naturalização facial. Banalizou-se; todo mundo com o mesmo ângulo de mandíbula, com o mesmo queixo, com as mesmas bochechas. E está todo mundo mais ou menos igual. E essas pessoas que passaram por harmonização facial padronizada, que no geral não foram feitas por médicos, estão nos procurando para desarmonizar, porque foram colocadas 10, 15 seringas de ácido hialurônico, preenchedores”, emenda a médica.

Ela conta que utiliza o ultrassom dermatológico nos pacientes para localizar os locais onde as substâncias foram injetadas. “Para encontrar onde está colocado, o que, quando, onde (...) porque existem os produtos permanentes, que são diferentes do ácido hialurônico, que eu consigo dissolver. O permanente, se já está infiltrado no tecido, nem dá para tirar, mesmo ele estando bem estabelecido; mas muitas vezes se faz com cirurgia. Por isso que eu digo que é muito triste. Perdeu-se a seriedade em prol só da ambição, da ganância, e não é bem isso”, destaca.

A dermatologista volta a dizer que ela trabalha com a naturalização facial. “Com as nossas diversas ferramentas na cosmetria, a gente busca modelar, aperfeiçoar e enaltecer os traços físicos de cada um, a beleza natural de cada um. Então, muitas vezes no consultório, eu associo: Olha, pra fazer esse ângulo de mandíbula aqui atrás (...) de uma paciente mulher (...) é uma curva mais feminina. O fio dá angulações mais retas, então eu vou procurar fazer ou com ácido hialurônico ou com bioestimulador injetável, que eu consigo desenhar”, informa.

“Em compensação, vou associar com o fio para fazer essa suspensão desses tecidos que já têm uma queda mais pronunciada, porque eu não quero volumizar a pessoa. A gente consegue trazer essa harmonização de forma natural”, finaliza.

Luciana Maluf - Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e da American Academy of Dermatology; Especialista em estética avançada, laserterapia e peles étnicas. CRM 113.699 / RQE 34.552.

Dermatologista Luciana Maluf dá dicas de como cuidar da pele no inverno: 'Proteção e hidratação'
A dermatologista Luciana Maluf - Reprodução/Instagram