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Bem-estar e Saúde / CUIDADOS ESPECIAIS

Como Maíra Cardi pode enfrentar o desafio do luto infantil com a morte da babá de sua filha?

Em entrevista à CARAS Brasil, a psicóloga Letícia de Oliveira ensina estratégias que ajudam crianças a enfrentarem a perda, como na morte da babá da filha de Maíra Cardi

Leticia de Oliveira
por Leticia de Oliveira

Publicado em 05/09/2024, às 17h18

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Maíra Cardi lamentou a morte de sua ex-funcionária, Thaís Novaes - Reprodução/Instagram
Maíra Cardi lamentou a morte de sua ex-funcionária, Thaís Novaes - Reprodução/Instagram

A recente situação envolvendo a influenciadora digital e coach de emagrecimento Maira Cardi (41) – que enfrentou a perda de Thaís Novaes, a babá de sua filha, Sophia, durante o parto e assumiu a responsabilidade de cuidar de suas crianças – ilustra os desafios complexos enfrentados por cuidadores em situações de luto e mudança de ambiente familiar. Para entender como lidar com essas questões delicadas, a CARAS Brasil conversou com a psicóloga Letícia de Oliveira.

De acordo com a especialista, é crucial que os cuidadores ofereçam um ambiente de estabilidade e segurança para as crianças. "Cada criança lida com o luto de maneira diferente, e a idade desempenha um papel importante na forma como elas processam a perda. É importante usar uma linguagem simples e adequada à sua idade para explicar a situação”, explica.

Letícia recomenda que os cuidadores mantenham rotinas consistentes e ofereçam apoio emocional através de conversas gentis e carinhosas. "A presença constante e o envolvimento nas atividades diárias ajudam a criar um senso de normalidade e segurança", destaca.

O luto e a mudança de rotina podem impactar profundamente a dinâmica familiar. Letícia ressalta que a tristeza e o estresse podem criar um ambiente tenso, afetando as interações entre os membros da família. "Os adultos precisam estar conscientes de suas próprias emoções e buscar apoio quando necessário. Encontrar equilíbrio emocional é essencial para oferecer um suporte eficaz às crianças", diz.

A psicóloga sugere que os adultos se envolvam em práticas de autocuidado e busquem terapia ou grupos de apoio para processar suas emoções. "Ao cuidar de si mesmos, os adultos estarão mais bem preparados para cuidar das crianças e oferecer o suporte necessário”, fala.

Para crianças, a especialista recomenda uma abordagem direta e honesta, mas adequada à idade. "É importante ser claro sobre o que aconteceu, usando uma linguagem simples. Explique que a pessoa faleceu e que isso significa que ela não estará mais presente. Ofereça oportunidades para que a criança expresse seus sentimentos e faça perguntas", salienta.

Ela também aconselha que os pais ajudem a criança a lembrar de momentos positivos e a manter viva a memória da pessoa falecida de uma maneira saudável. "Criar um espaço onde a criança possa falar sobre seus sentimentos e lembrar da pessoa pode ser muito reconfortante", frisa.

Letícia aponta que sinais de estresse nas crianças podem incluir mudanças no comportamento, como irritabilidade, dificuldades no sono ou na alimentação, e regressão em habilidades desenvolvidas. "Nos adultos, sinais de estresse podem se manifestar como fadiga extrema, irritabilidade, ou dificuldade em concentrar-se", pontua.

Ela recomenda que tanto crianças quanto adultos busquem ajuda profissional se esses sinais persistirem. "Consultar um psicólogo ou terapeuta pode oferecer um espaço seguro para explorar e lidar com as emoções, e é fundamental para o bem-estar de todos os envolvidos”, finaliza.