Em entrevista ao Mais Novela, Thaís de Campos refletiu sobre estrelar Elas por Elas como a personagem Cris na versão de 1982 da trama
Thaís de Campos (60), que esteve longe das novelas brasileiras desde 2015, quando participou de Boogie Oogie, ficou conhecida por inúmeros papéis na TV. Em entrevista ao Mais Novela, a atriz refletiu sobre seu começo de carreira ao estrelar a versão original de Elas por Elas como a personagem Cris, em 1982, e relembrou bastidores da trama.
"Considero Elas por Elas minha primeira novela. Foi a primeira na qual tive uma personagem que estava dentro da trama e que participei do começo ao fim. Eu era muito nova, estava no comecinho da minha carreira, acho que tinha acabado de fazer 18 anos", compartilhou sobre a versão de 1982 de Elas por Elas.
Com o nervosismo de iniciante, Thaís de Campos revelou que tinha medo do diretor da trama, Paulo Ubiratan. "Tudo era assustador. Morria de medo do Paulo Ubiratan, tinha tanto medo. Ele era fechado e falava com aquela voz de Deus. Quando a gente está gravando, tem aquela voz em off, e quando aquilo entra no estúdio, parece que é a voz de Deus, de tão grande".
A atriz aproveitou para relembrar os bastidores de sua primeira cena gravada para Elas por Elas: "Na primeira cena que eu fiz com o Paulo Ubiratan - morta de medo - a mãe [Eva Wilma] descobria que o pai tinha traído ela e ficava com tanta raiva que colocava na vitrola uma música que ele adorava, às três da manhã, com ódio. Daí descem os filhos, Cristina Pereira, André de Biase e eu, por último. Só que eu tropeço e caio atrás do sofá".
"Fico com tanto medo que fico quietinha e penso: 'Não vou nem levantar, não falo nada nessa cena. Vou ficar aqui quietinha e ninguém me nota. Não precisa parar para voltar a cena'. Aí só ouço na voz de Deus: 'Cadê a menina?'. Nessa época, eu era só a menina [risos]. Levanto a minha cabecinha de trás do sofá branco enorme e falo: 'Caí'. E ele: 'Vamos fazer de novo'", completou a artista.
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Apesar dos perrengues nos bastidores, Thaís de Campos garantiu que contou com ajuda de Eva Wilma para melhorar sua segurança: "A maturidade traz para a gente uma segurança, e eu não tinha essa segurança. Era minha primeira novela e o Paulo era muito sério, tinha muito medo. Como a Vivinha me ajudou, tenho tantas saudades. Que parceira maravilhosa! Ela como minha mãe, eu ainda novinha, começando na televisão. Vim de Goiás com 15 anos, era minha primeira novela séria. Ela me acolheu, me ensinou, passava texto comigo e me orientava".