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Atualidades / ENTREVISTA

Repórter 'perdido' das Olimpíadas, Láctea relembra início da carreira: 'Fazia escondido'

Em entrevista à CARAS Brasil, Stenio Girardelli, conhecido como Láctea, celebra trabalho nas Olimpíadas de Paris e revela novos projetos

Mariana Arrudas
por Mariana Arrudas
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Publicado em 01/08/2024, às 17h15

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O influenciador Stenio Girardelli, conhecido como Láctea, durante as Olimpíadas de Paris - Foto: Reprodução/Instagram @lacteameufii
O influenciador Stenio Girardelli, conhecido como Láctea, durante as Olimpíadas de Paris - Foto: Reprodução/Instagram @lacteameufii

O sorriso largo que mostra todos os dentes já se tornou marca registrada de Stenio Girardelli (23), influenciador que ganhou a web como Láctea. Hoje, o criador de conteúdo acompanha nomes como Fátima Bernardes (61) e Valentina Bandeira (30) na cobertura das Olimpíadas de Paris.

"É como se eu fosse um repórter perdido nas Olimpíadas", conta, em entrevista à CARAS Brasil. "É novo para mim, ainda mais ao lado de pessoas que já têm um respeito grande nessa área. Hoje eu já tenho um pouco mais de preparo, então me dá tranquilidade para fazer esse trabalho."

Láctea acumula mais de 7 milhões de seguidores entre Instagram e TikTok. O influenciador ganhou notoriedade na web ao retratar momentos do cotidiano de forma cômica, através de vídeos curtos compartilhados nas plataformas.

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Ele afirma que as ideias para os vídeos surgiram ainda durante a pandemia de Covid-19 e que, na época, seus pais não entendiam muito bem o trabalho. Para conseguir mais apoio da família, o criador de conteúdo diz que prestou vestibular e entrou em uma faculdade federal, então, as publicações começaram a dar mais retorno na internet.

"Meus pais queriam me proteger e nunca entenderam muito bem. Mas, eu nunca dei abertura, fazia meio escondido. Quando ia dando certo, eu ia soltando e explicando", conta. "Eles ainda não entendem como funciona, mas sabem que a galera me reconhece e que as coisas estão dando certo."

Agora, quando retornar de Paris, o influenciador diz que pretende continuar mostrando suas viagens em seus canais nas redes sociais, fazer uma faculdade voltada para a área da comunicação e começar a se dedicar às artes cênicas.  Abaixo, Láctea dá mais detalhes de sua carreira e projetos. Confira trechos editados da conversa.


Você é conhecido como o influenciador que brinca com o cotidiano. Como surgiu essa ideia?
Me considero bem observador, no geral. Com o andamento da internet, entre 2019 e 2024, se criou esse hábito de ter uma aproximação com a galera. Captei isso na pandemia de Covid-19 e fui soltando alguns vídeos, mas sem muita intenção. Eu soube aproveitar isso.

Qual a história do nome Láctea? Você deve receber bastante essa pergunta...
Sim, o pessoal sempre pergunta. Queria até planejar uma história motivacional [risos], mas é coisa de criança. Na época em que eu jogava videogame coloquei Láctea na minha conta, devido a um jogador coreano que eu era muito fã e tinha o mesmo nome. Eu era muito ligado ao mundo dos games, e os jogadores ocidentais são muito bons. Hoje em dia, ele deu uma sumida e o nome ficou para mim.

Qual o sentimento ao ver que hoje você tem milhões de fãs e admiradores?
Isso ainda é meio loucura para mim, apesar de ser muito legal. No início, eu sabia que a galera da minha idade me acompanhava, mas às vezes, do nada chegam pessoas mais velhas e mais novas que me conhecem. Mas é esse carinho que dá um gás para fazer novos projetos. Eu ainda trato como se os números não me impressionassem. Estou na mesma relação de sempre, vou postando o que me sinto confortável e acaba que, por consequência, vou ganhando seguidores. Tento não pilhar nisso, porque mexe com a cabeça. 

Como foi o apoio da sua família em relação à carreira de influenciador?
Teve um certo receio familiar, meus pais queriam me proteger. Meu pai e a minha mãe nunca entenderam muito bem, mas eu nunca dei abertura. Fazia meio escondido. Quando ia dando certo, eu ia soltando aos poucos e explicando. O que deu certo para mim foi passar na faculdade federal, e aí meu pai ficou tranquilo. Eles ainda não entendem como funciona, mas eles sabem que a galera me reconhece e que as coisas estão dando certo.

Você tinha outra carreira em mente?
Sempre quis fazer comunicação, no geral. No interior de Minas tinha um curso de publicidade que era pago, mas eu não me interessei por ele. Então vi na internet uma forma de chegar na comunicação. De início, a ideia era seguir nessa área. Fui tentando trilhar meu caminho para isso.

Nessa área da comunicação, suas publicidades são bastante elogiadas, e já foram usadas como referência pela originalidade!
O ideal da publicidade, para mim, é tentar não fugir da realidade das pessoas porque são elas que consomem. Querendo ou não, eu fui fazendo essa sacada, tornando um pouco mais divertido, já que a galera não tem tanta aderência.