Durante coletiva nos Estúdios Globo, a atriz Jéssica Ellen, mãe de Máli Dayo, de 2 anos, fala de maternidade e do carinho do público por sua personagem, Madalena
A atriz Jéssica Ellen (32), protagonista de Volta por Cima, fala com carinho – e já em clima de despedida – da novela de Claudia Souto, que chega ao fim no dia 26 de abril para dar lugar a Dona de Mim, de Rosane Svartman (55). Na trama, ela dá vida a jovem batalhadora Madalena, que teve que adiar seus sonhos pessoais para ajudar no sustento da família e que caiu no gosto do público. Durante abertura das gravações do folhetim, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, com a participação da CARAS Brasil, a artista também reflete sobre maternidade, onde entrega seus maiores desafios e aprendizados.
Mãe de Máli Dayo (2), fruto do antigo relacionamento com o ator Dan Ferreira (33), Jéssica garante que a maternidade a transformou por completo. “Em muitos níveis, sabe? Sempre fui uma pessoa muito sensível e muito dedicada a tudo que faço. E a maternidade era uma escolha desde muito nova. Minha mãe e minhas tias falam que eu falava que ia ser mãe com 30 anos, que ia muito com 30 anos. Quando você é criança, 30 anos é tipo uau! E agora tenho 30 anos (...) Meu Deus, tanta coisa para fazer ainda (risos). E aí, engravidei com 29 para 30, e pari com 30 anos”, relata.
A atriz diz ainda que ser mãe lhe trouxe mais clareza sobre o que quer e o que não quer. “É onde eu dedico a minha energia, consigo pausar e respeitar os meus processos, os meus momentos. Para mim, foi muito importante ter tido a chance de pausar e me afastar de rede social, do trabalho. Não que isso tenha sido algo que naquela época estava me incomodando, mas é porque eu sentia que precisava voltar para dentro. Gerar uma vida, é uma coisa muito forte. Acho que é uma das coisas mais poderosas que tem no mundo”, declara.
Jéssica, então, reflete: “Esses dias, vi uma frase que eu achei muito forte, que é: ‘Todo mundo deve às mulheres, porque a humanidade é feita de mulheres e dos filhos delas’. Então, todo mundo veio porque alguém pariu. Todos nós fomos paridos. Acho que a maternidade me transforma muito todos os dias, e nas escolhas. De cuidar mais da minha saúde para ter mais tempo com meu filho, de ver onde eu dedico mais tempo ou não, de, sem pestanejar, dizer não para um monte de eventos, para um monte de coisas para ficar com meu filho”.
Ela continua: “E, também, quando estou em eventos sem ele, não tem culpa, sabe? Essa culpa materna é uma coisa que não sinto, porque quando estou com ele, aproveito muito cada momento. Ele já tem dois anos e quatro meses. E eu lembro do dia que descobri que estava grávida. Então, a passagem do tempo fica concreta na sua frente. São dois anos. É quase uma meditação no tempo real da percepção do tempo. É muito profundo mesmo para mim. É um assunto que rende, é muito forte”.
QUERIDINHA DO PÚBLICO
Questionada sobre como está sendo fazer uma protagonista tão popular, que conquistou o coração do público, Jéssica pontua: “Acho que a novela tem essa característica da gente fazer uma trama com uma comunicação mais horizontal. Quem consome novela, quer ver aquela mesma história sendo dita todos os dias, de uma forma diferente. Quando a gente faz novela, acho que é para servir o público mesmo. Porque quando a gente tem a experiência do cinema, da série, a gente experiencia outras coisas dentro da construção de personagem, de como a gente conta uma história. Acho que a novela tem essa função”.
Para a artista, quando uma novela cai na graça dos telespectadores e é muito popular, é muito especial. “Porque a gente faz exatamente para esse público, que está saindo do trabalho e, às vezes, pelo celular, indo para casa no ônibus, vê um capítulo que não conseguiu ver no dia anterior, e vai conseguir entender a história. Então, é muito legal. Acho que a minha experiência em Amor De mãe, com a Camila, teve isso. Foi um personagem que marcou muito e que tinha também falas muito contundentes e pontuais”, diz.
“E a Madalena, nesse horário das sete – que tem sido também um horário muito bacana dentro da empresa; a gente tem tido obras muito legais (...) Então, acho que vivenciar essa experiência é maravilhoso. Não me acho uma pessoa muito popular, acho que sou mais quietinha, mais na minha. Então, vivenciar um personagem que tenha caído na graça do público é muito legal”, completa.
NOVATOS E VETERANOS
Jéssical Ellen também fala sobre a oportunidade de trocar experiências nos bastidores e durante as gravações da novela com veteranos como Isabel Teixeira (51) e Fabio Lago (55). “Acho isso genial! A televisão é muito generosa nesse sentido, quando a gente consegue fazer esse encontro de titãs, que é quando a gente tem cenas muito maneiras. Tive várias cenas com a Isabel Teixeira, com a Pri (Helena) também, por conta dos embates, com o Fabrício (Fabio Lago)”, fala.
“Acho muito bonito quando a gente consegue ter a Bia Santana (intérprete de Tati), que é uma jovem atriz de 20 e poucos anos, sendo minha irmã (...) A gente tem várias cenas. A cena da briga, por exemplo, foi um grande acontecimento (...) Então, é muito bonito quando a gente consegue juntar pessoas muito novas, pessoas mais velhas, porque a experiência, a troca é sempre muito rica. E a gente está sempre aprendendo. Tanto eu aprendo com os veteranos quanto os veteranos aprendem com a gente também, que é mais novo. Acho que estar presente em cena é estar vivo para troca, e isso é muito bonito. Acho muito foda quando acontece”, finaliza a atriz.
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